Tem apenas 22 anos e já participou em projetos tão importantes como a programação de um robot humanóide que vai viajar até MarteHenrique Ferrolho, finalista do Mestrado em Engenharia Informática e Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), pretende começar em setembro o seu doutoramento, continuando a focar-se na programação da “Valkyrie”, um projeto levado a cabo na School of Informatics em Edimburgo, em colaboração com a NASA.

Como qualquer pessoa do Norte, é apaixonado pela ‘francesinha’ e sonha um dia expandir as fronteiras na área da robótica humanóide, aumentando as capacidades dos robots, e permitindo aos Humanos “subirem de nível” e tornarem-se numa espécie interplanetária.

Naturalidade? Viseu, Portugal.

– Idade? 22 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

De todos os que fazem parte da comunidade – alunos, investigadores, professores – e da forma como se relacionam.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Não haver a possibilidade de escolher pelo menos uma ou duas unidades curriculares de áreas completamente diferentes do curso em que se está.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Colmatar precisamente o ponto anterior: dar a possibilidade de se experimentarem outras áreas. Tirar o aluno da sua zona de conforto tem muitas vantagens a longo prazo. A caso de exemplo: se um aluno ou aluna de informática se inscrevesse numa cadeira de artes, isso faria não só com que o estudante ganhasse novas perspectivas, como estimularia a criatividade e a tolerância entre ambas as partes. Os benefícios são muitos, e a possibilidade dos estudantes fazerem isso é comum em várias universidades com as quais podemos aprender uma ou outra coisa.

– Como prefere passar os tempos livres?

Gosto de passar a maioria dos meus tempos livres em “comes e bebes” com os amigos, a discutir teorias filosóficas ou novas trends em áreas da informática. Também gosto de tocar piano, ou de explorar cidades onde nunca estive (o que é tanto mais interessante, quanto mais diferente a cultura dos habitantes da cidade for).

– Um livro preferido?

Permutation City, do escritor de ficção científica Greg Egan. Um sincero obrigado à pessoa que me encorajou a lê-lo.

– Um disco/músico preferido?

Arctic Monkeys, pelos três primeiros álbuns.

– Um prato preferido?

F R A N C E S I N H A !

– Um filme preferido?

“Interstellar”.

– Uma viagem de sonho?

Ir à China. Também gostava de ir à International Space Station (ISS), mas isso é muito mais improvável…

– Um objetivo de vida?

Fazer pelo menos uma contribuição significativa para a humanidade no geral.

– Uma inspiração?

Elon Musk.

– O projeto da sua vida…

Ainda não decidi…

– O grande objetivo a cumprir no âmbito do projeto Valkyrie?

Expandir as fronteiras na área da robótica humanóide, aumentando as capacidades dos robots, e permitindo aos Humanos “subirem de nível” e tornarem-se numa espécie interplanetária.