Diana Vasconcelos (Pessoa)Diana Vasconcelos tem 27 anos, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), trabalhou na área da comunicação em algumas agências, mas sentiu que tinha um desígnio maior. Comunicar será sempre onde se sente como “peixe na água”, mas para ajudar os outros.

Foi assim que no passado dia 7 de abril aterrou em Kibera, uma das maiores favelas do mundo, no Quénia, através do programa de Serviço Voluntário Europeu. Candidatou-se num dia, e no dia seguinte teve a confirmação. Era oficial… a próxima paragem seriam 12 meses a fazer voluntariado no Gabinete de Comunicação da ONG Kenya Youth Foundation e a ensinar crianças nas escolas. Mas ao chegar, sabia que podia (e queria!) fazer muito mais do que isso.

Foi uma realidade muito dura, a que não estava habituada, mas diz-nos “com os anos aprendi que não importam os sítios, importam as pessoas e os momentos que partilhamos.” Arregaçou as mangas e decidiu que tinha de dar àquelas crianças “a oportunidade de serem felizes, a possibilidade de um futuro”. A escola onde dá aulas vai ser demolida porque fica ao lado da linha de comboio, o que representa um perigo constante para as crianças. Para além de não ter quaisquer condições. Diana neste momento está recolher fundos para uma nova escola. No total já conseguiu angariar 7,400€, e já comprou o espaço onde vai construir a escola, mas o orçamento estimado é de 25,000€ e ela “não pondera sequer a hipótese de não conseguir o dinheiro”.

Qualquer ajuda é bem-vinda: partilhar a informação, uma doação monetária, entrega de donativos…  Podem encontrar aqui mais informações de como o fazer e seguir a página oficial da viagem da Diana: Há ir e Voltar.

– Idade?

27 anos.

– Naturalidade?

Amarante.

– O que mais gosta na Universidade do Porto?

Sem dúvida que a qualidade de ensino foi um dos principais motivos que me levou a escolher esta Universidade. Além disso, e falo por experiência própria, os professores interessam-se e apoiam-nos em atividades extra curriculares e projetos pessoais. E claro que contar com a bagagem de alguns dos docentes mais conceituados de Portugal torna os nossos projetos mais ricos.

– O que menos gosta na Universidade do Porto?

Nada a declarar. Aprendi muito.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Ser mais ativa online. Por exemplo, lecionar cursos através da plataforma Coursera.

– Como prefere passar os tempos livres?

A explorar o globo, a absorver culturas diferentes, a comer, a falar com desconhecidos, a perder-me.

– Um disco/músico preferido?

Ukulele Songs, de Eddie Vedder.

– Um prato preferido?

Não nego: todos os dias, desde que cá cheguei, tenho desejos de comer uma francesinha.

– Um filme preferido?

“Into the Wild” e “Forrest Gump”.

– Uma viagem de sonho?

Fazer o percurso que Che Guevara fez pela América Latina com o amigo Alberto Granado: Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela.

– Um objetivo de vida?

Continuar a ser feliz como sou neste momento.

– Uma inspiração (pessoa, livro, situação…)?

Jack Kerouac e todos os seus livros de vida vagabunda.