Clara Gonçalves (Pessoa)Quando terminou a licenciatura em Engenharia Agrónoma pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Clara Gonçalves estava longe de imaginar que iria assumir a função de directora executiva de um dos projetos mais ambiciosos da sua Universidade, o UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. 

No UPTEC desde a sua génese, em 2006, Clara acompanhou o crescimento do Parque desde o momento em que as instalações eram uns pavilhões pré-fabricados e o só acolhia 5 startups.  Quase 10 anos, dois edifícios construídos de raiz e outros dois requalificados depois, Clara contribuiu para o apoio de mais de 400 projetos empresariais e para a atração de centros de inovação de empresas nacionais e internacionais, que já criaram mais de 2000 postos de trabalho altamente qualificados.

Com um Mestrado em Inovação, Conhecimento e Tecnologia da Universidade de Aveiro, Clara Gonçalves assumiu anteriormente a coordenação de projetos de I&D do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, foi gestora de marketing da Câmara da Agricultura do Norte e consultora de qualidade e gestão para a indústria em Portugal, África e América Latina.

 Naturalidade? Porto.

– Idade? 40 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da excelência dos seus alunos e dos seus investigadores. Do posicionamento e da visão internacional que tem.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Da dispersão geográfica e da enorme carga burocrática.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Criar um observatório para medir o impacto económico e social gerado pelas estruturas que nela trabalham a valorização económica do conhecimento.

– Como prefere passar os tempos livres?

A viajar com a minha família e a ler, embora tenha muito pouco tempo para o fazer.

– Um livro preferido?

O Gato Malhado e Andorinha Sinhá do Jorge Amado, um hino ao amor e à simplicidade da vida.

– Um disco/músico preferido?

Qualquer um, desde que seja do Chico Buarque, sem dúvida 😉

–  Um prato preferido?

Pato assado com “arroz de miúdos” feito pela minha mãe.

– Um filme preferido? 

São vários… Posso destacar “Casa de Areia” de Andrucha Waddington, “O Fiel Jardineiro” de Fernando Meirelles  e “Diários de Motocicleta” de Walter Salles.

– Uma viagem de sonho? 

Todas as que me levem à América Latina.

– Um objectivo de vida?

Ser feliz…

– Uma inspiração?

O meu avô, pessoa incontornável e sempre presente na minha vida, apesar de já não está entre nós. Lembro-me dele todos os dias.

– O projecto da sua vida…

A Clara e a Laura. O maior e melhor desafio que Deus me pôs nas mãos.

– O que falta a Portugal para conseguir atrair mais investimento internacional para as startups?

Mais Capital Humano qualificado. Só! Mas acredito que estamos no bom caminho.