Deu os primeiros passos no atletismo com apenas 10 anos. E apesar de ter experimentado todo o tipo de desportos, o atletismo ganhou um lugar especial no coração de Catarina Queirós. Ao ver Nelson Évora a competir nos Jogos Olímpicos de 2008, sentiu-se inspirada. Tanto que não esconde a ambição de um dia participar na maior competição desportiva do mundo, se possível já em Paris 2024. Considerada uma das grandes promessas do atletismo nacional, consegue ainda conciliar o seu tempo, já bastante preenchido, com o Mestrado em Engenharia Geográfica na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).
Com treinos bidiários, Catarina Queirós diz que não existe uma chave para o sucesso, mas se tivesse que dar um conselho a jovens atletas-estudantes, diria que “a organização e um bom grupo de estudo é o mais importante. Sempre que estudava com as minhas colegas, sentia que estudava bem porque os tempos livres de um atleta têm de ser passados a estudar”.
Ser uma pessoa metódica e muito focada ajudou a estudante da FCUP a chegar onde está hoje. Os clubes por onde passou, os treinadores e os professores sempre a incentivaram a continuar, mesmo após sofrer, no 2º ano da sua licenciatura, uma lesão que a obrigou a parar. Três anos depois, bateu recordes universitários pela Universidade do Porto, foi campeã universitária nos 60m barreiras e foi campeã nacional no triplo salto.
Catarina Queirós treina atualmente treina no SL Benfica, inserida no Projeto Olímpico. O próximo grande objetivo são então os Jogos Olímpicos de Verão que irão decorrer em Paris, a capital francesa, de 26 de julho a 11 de agosto de 2024. Faltam aproximadamente dois anos, mas os atletas que se desejam qualificar para este evento já começaram a preparação. Há 14 anos que Catarina sonha em poder participar nesta competição e ambiciona alcançar os mínimos para se tornar na primeira portuguesa a participar nos 100 metros barreiras, na vertente feminina, por Portugal.
– Idade? 24 anos.
– Naturalidade? Sé, Porto
– De que mais gosta na U.Porto?
O prestígio e a história que têm para com a cidade do Porto. Tal como todas as suas tradições.
– De que menos gosta na U.Porto?
A Universidade do Porto não apresenta muitas soluções de horários para Estudantes-Atletas, como também para Trabalhadores-Estudantes. Não oferecerem qualquer tipo de compensação financeira para campeões nacionais universitários, tal como outras universidades oferecem. Acho surpreendente uma das melhores universidades do país não ter esse tipo de oferta.
– Uma ideia para melhorar a U.Porto?
Sem dúvida a compensação a nível de propinas para atletas-estudantes que representem de forma exemplar a Universidade do Porto, tal como compensam as boas notas com bolsas académicas.
Acho que devia ser introduzido um horário especial, na mesma turma, de Trabalhadores-Estudantes com Atletas-Estudantes, uma vez que estes têm sempre um horário mais reduzido que a maior parte dos alunos.
– Como prefere passar os tempos livres?
Costumo passar o meu tempo livre a estudar, ver séries ou animes.
– Um livro preferido?
O meu livro preferido é da Suzanne Collins, escritora famosa dos livros de Hunger Games. Gosto principalmente o primeiro livro, no entanto também sou fã dos outros dois. Acho que foi o único livro que me cativou desde o início ao fim. São livros que vão ao detalhe, puxam pelo leitor.
– Música preferida?
Não tenho uma música preferida, mas se fosse para escolher seria uma dos Queen. A Bohemian Rhapsody.
– Prato preferido?
Fácil. Arroz com feijão preto e picanha.
– Um filme preferido?
Kill Bill, de Quentin Tarantino.
– Uma viagem de sonho?
Felizmente já fiz a minha viagem de sonho! Foi visitar o Japão. Mas voltava a visitar outra vez, agora durante um mês.
– Um objetivo por concretizar?
Sem dúvida, ir aos Jogos Olímpicos.
– Uma inspiração?
Um exemplo no desporto que pratico e não só: Patrícia Mamona.
– Um projeto de vida?
Gostaria de um conseguir viver em Paris, e falar francês. É a minha cidade favorita e uma das línguas que mais gosto de ouvir falar.