Estudante do programa doutoral em Geociências da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Ana Marta Gonçalves conquistou, com apenas 25 anos de idade, o primeiro prémio para jovens investigadores do XI Congresso Ibérico e XII Congresso Nacional de Geoquímica de Espanha, que se realizou de 25 a 28 de setembro de 2017, na Andaluzia.

A jovem investigadora, licenciada e mestre em Geologia pela FCUP, conquistou o prémio patrocinado pela Cátedra Luís de Camões da Universidade Carlos III de Madrid e o Banco de Santander– Fundação Ramón Areces com o seu trabalho “Rare earth element mobility during hydrothermal alteration: Evidence from Santa Helena breccia, Borralha area (North Portugal)”.

De facto, a esta geóloga nascida em Alijó e cujo livro favorito é o clássico “A Cidade e as Serras” pouco mais daria maior realização profissional do que “conseguir criar novas metodologias de prospeção mineira que permitam o desenvolvimento socioeconómico em Portugal”.

A único exceção será talvez conseguir concretizar o seu principal sonho: trabalhar na área da investigação científica e lecionar no Ensino Superior.

Naturalidade? Alijó, Vila Real.

Idade? 25 anos.

De que mais gosta na Universidade do Porto? 

A Universidade do Porto é considerada uma das instituições de melhor qualidade no que diz respeito ao Ensino Superior Público. O que mais me atrai na U.Porto é a facilidade com que se estabelecem relações entre todas as faculdades pertencentes a este grande grupo, permitindo aos estudantes usufruir de experiências relacionadas com outras temáticas.

De que menos gosta na Universidade do Porto?

Uma das fraquezas que encontro na Universidade é a dificuldade existente no estabelecimento de parcerias com entidades (públicas ou privadas) que promovam ao aumento da empregabilidade dos estudantes finalistas. No entanto, reconheço a dificuldade no estabelecimento deste tipo de parcerias.

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto? 

Tendo em conta o que referi anteriormente, penso que seria benéfico a U.Porto conseguir estabelecer parcerias com empresas que permitissem a inserção dos estudantes finalistas no mundo do trabalho, ainda que essa parceria consistisse apenas num estágio profissional.

Como prefere passar os tempos livres?

Nos meus tempos livres gosto de passear em locais abertos, em contacto com a natureza, na companhia de amigos e gosto também de praticar desporto na U.Porto.

Um livro preferido?

A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz.

Um disco/músico preferido?

Fado contemporâneo, em particular Marisa.

Um prato preferido?

Tripas à moda do Porto.

Um filme preferido?

Hidden Figures.

Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Bali.

Um objetivo de vida?

Constituir família e sentir-me realizada profissionalmente.

Uma inspiração?

Uma das minhas maiores inspirações é poder vir a desenvolver novas metodologias de prospeção mineira que permitam o desenvolvimento socioeconómico em Portugal.

Se pudesse alcançar qualquer sonho relacionado com a sua investigação, qual seria a primeira escolha?

Um dos meus maiores sonhos é continuar a trabalhar na área da investigação científica, sempre com a possibilidade de lecionar no Ensino Superior.