Pedro Eiras, docente do Departamento de Estudos Portugueses e Estudos Românicos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e investigador do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, é o vencedor da edição deste ano do Prémio Literário António Cabral, atribuído pelo pelo Grémio Literário Vila-Realense / Município de Vila Real.

A escolha da obra poética Inferno, em que o autor revisita a obra de Dante Alighieri, foi “unânime” por parte do júri constituído por Isabel Alves e José Eduardo Reis, professores do Departamento de Letras da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e pela escritora Maria Hercília Agarez.

“É uma experiência poética fortemente original e inventiva, uma obra onde confluem registos discursivos de várias proveniências — erudito, prosaico, metafísico, literário — para retratar o falível, vulnerável e destrutivo potencial da mente e da ação humanas”, refere o júri, citado num comunicado divulgado pelo Grémio Literário Vila-Realense.

O Prémio Literário António Cabral, instituído em 2011 e com periodicidade bienal, pretende ser uma homenagem ao poeta do Douro, que faleceu em 2007, e visa também estimular novas produções literárias.

Sobre Pedro Eiras

Nascido no Porto em 1975, Pedro Eiras é Professor de Literatura Portuguesa na FLUP, membro integrado do Investigador do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, e Membro da Rede Internacional de Pesquisa LyraCompoetics. Tem desenvolvido investigações sobre poesia, estudos interartísticos, questões de ética, o imaginário do fim do mundo.

Desde 2001, publicou diversas obras de ficção (Bach, Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa, A Cura, O Mapa do Mundo), teatro (Um Forte Cheiro a Maçã, Uma Carta a Cassandra, Bela Dona, Um Punhado de Terra), poesia (Inferno, Purgatório) e ensaio (Esquecer Fausto – com o qual ganhou o ganhou o Prémio Prémio PEN Clube Português de Ensaio referente a obras publicadas em 2005 -, Tentações, Os Ícones de Andrei, Constelações Língua Bífida).

A sua obra encontra-se publicada em países como a França, Roménia, ou Brasil, tendo as suas peças de teatro sido encenadas e lidas em mais de dez países.