Os concertos decorrem no café concerto e na sala principal do Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery. (Foto: DR)

Acontece uma vez por mês e calha sempre ao domingo. Este é um convite para ir à missa, sendo esta uma cerimónia “invulgar”. A Missa dos Laicos é um ciclo de música alternativa, programado pela editora Saliva Diva. Os concertos decorrem no café concerto e na sala principal do Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery. O próximo concerto acontece a 30 de junho de 2024, entre as 17h00 e as 20h30.

No âmbito do Corredor Cultural, qualquer estudante do ensino superior poderá assistir, neste dia, a três espetáculos por 6,25 euros. Basta apresentar o cartão de estudante para ter 50% de desconto sobre o valor do bilhete (12,50 euros). Vamos ao “programa das festas”!

A tarde vai arrancar com os Onchmonch. Uma onomatopeia que pretende representar algo a ser devorado. Num universo do rock e da música experimental, de natureza antropofágica, a música do Onchmonch ameaça escancarar os caninos. De origem brasileira, a banda promete um ambiente paradoxal que do sonho, rapidamente, resvala para o pesadelo. Vamos ficar a conhecer o álbum Guardilha Espanca Tato, de 2023.

De seguida enfrenta o palco o vimaranense Luís Contrário, também conhecido como Luís Rocha. Colaborou com os projetos The Balaclava e Correr Andar. Editado pela Saliva Diva, o disco de estreia, de outubro de 2023, quase um hino à dança pós derrota, chama-se “músicas de dança para pessoas tristes”. Podemos, neste embalo, acolher nos braços a tristeza e a melancolia. Tentando permanecer, ou forçando mesmo, a felicidade na tristeza. O single “dança da derrota” debruça-se sobre esse paradoxo, reconhecendo que a dança da vitória implica sempre a existência de uma dança da derrota.

A terceira proposta enquadra-nos no “body music, industrial e techno. Composta por João (guitarra), Tomás Brito (baixo) e Halison Peres (bateria + voz), a Máquina é uma banda de Lisboa que se situa “entre o krautrock e a eletrónica industrial, com uma sonoridade fulminante”. Munida de uma constância rítmica que roça a hipnose, a música dos Máquina aproxima-se de um rock “sujo com psicadelismo em tons negros e piscares de olhos pouco tímidos à força industrial da dança”. Vamos conhecer “Dirty tracks for clubbing”, o seu álbum de estreia.

O Corredor Cultural

Resultado de um conjunto de parcerias estabelecidas entre as universidades portuguesas e os municípios e instituições culturais das respetivas zonas geográficas, o Corredor Cultural tem como objetivo promover o acesso dos/das estudantes do ensino superior a espaços culturais, sejam eles monumentos, museus, centros culturais, salas de espetáculo ou de exposições.

Este projeto pioneiro foi impulsionado e desenvolvido pela U.Porto e está a ser implementado no âmbito da Comissão Especializada em Artes e Cultura do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

Os beneficiários são todos os/as estudantes do ensino superior, de instituições públicas e privadas nacionais, incluindo estudantes de mobilidade e, também, estudantes de países abrangidos pelos acordos Erasmus +. Toda a informação aqui.