Sendo o impacto do ser humano na natureza um dos temas mais prementes, esta é uma publicação em linha com a missão da coleção Arte e Ciência, projeto editorial do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP), ou seja, a de promover a cultura científica, sobretudo nos domínios da biodiversidade, sustentabilidade e preservação e respeito pela natureza. É a primeira vez que este livro é editado em português.

Antropoceno – Como transformámos o nosso planeta

“Porque é que o mundo é como é?” O que é o Antropoceno e o que significa para o futuro da humanidade e da vida na Terra. Estas são as principais preguntas a que este livro tenta dar resposta.

“Se comprimíssemos” a “história da Terra num único dia, os primeiros seres humanos que se parecem connosco surgiriam menos de quatro segundos antes da meia-noite”, diz-nos a Introdução ao livro. Desde as origens em África, espalhámo-nos por todos os continentes, exceto na Antártida. “A Terra conta agora com 7,5 mil milhões de pessoas que, em média, têm vidas mais longas e são fisicamente mais saudáveis do que em qualquer outro momento da nossa história”.

Publicação lançada pela coleção “Arte e Ciência” do MHNC-UP

Ao longo desta viagem, o livro, com tradução de Francisco Silva Pereira, analisa a vida selvagem que foi exterminada, “abatemos florestas, plantámos, domesticámos animais, emitimos poluição e criámos novas espécies”. Embora recente, “a nossa presença teve um impacto profundo no planeta”. E não estamos apenas a impor uma marca no presente. “Pela primeira vez nos 4,5 mil milhões de anos de história da Terra, uma única espécie está, cada vez mais, a ditar o futuro da mesma”. O livro recorda ainda que no passado “meteoritos, super vulcões e o lento movimento tectónico dos continentes alteraram radicalmente o clima da Terra e as formas de vida que a povoam”. Agora há a uma “nova força da natureza que está a mudar a Terra: o Homo sapiens, os chamados homens «sábios»”.

Reconhecer o Antropoceno (termo usado por alguns cientistas para descrever o período mais recente na história do Planeta Terra) tem o poder de nos obrigar a pensar “nos impactos a longo prazo da megacivilização globalmente interconectada que criámos, e no género de mundo que pretendemos legar às gerações futuras”

Os autores

Simon L. Lewis é professor de Global Change Science na University College London (UCL) e na University of Leeds. É um dos mais proeminentes estudiosos do Antropoceno, nomeadamente no que diz respeito aos ciclos globais de carbono. Fundou o African Tropical Rainforest Observatory (www.afritron.net).

Mark Maslin é professor de Earth System Science na UCL. É um dos mais importantes cientistas na área do Antropoceno, focando-se na forma como este se relaciona com os maiores desafios da humanidade no seculo XXI.

O livro encontra-se à venda na Galeria da Biodiversidade, na Rua do Campo Alegre, no polo central do MHNC-UP, com entrada pelo jardim da Cordoaria, e na loja da U.Porto.