(Foto: Egídio Santos/U.Porto).

O Mestrado em Engenharia Biomédica (MEB) da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) assinala no próximo dia 3 de março os seus 20 anos de existência, com uma sessão comemorativa aberta a toda a comunidade.

Agendada para as 16h30, na sala B032 da FEUP, esta sessão – com entrada livre – vai contar com oradores convidados que têm desenvolvido as suas atividades profissionais em áreas ligadas à engenharia biomédica. É o caso de Elizabeth Montalbano que vai falar sobre “Connected Health and Wearables”, ou deWouter Serdijn, que vai centrar a sua intervenção no tema “Getting Better with Electroceuticals – electronic medicine to the rescue”. Está também prevista a participação de antigos alunos, com o objetivo de partilhar experiências e percursos de vida e com isso entusiasmar as gerações mais novas.

A primeira edição do Mestrado em Engenharia Biomédica (MEB) arrancou no ano letivo 1996/1997. Mas já desde há muito tempo que se ensinavam noções e princípios e se desenvolvia investigação nessa área nos cursos tradicionais de engenharia mecânica, eletrotecnia, química e engenharia de materiais. Mais tarde, de uma forma mais estruturada e seguindo uma tendência mundial, um grupo de investigadores da U.Porto com intensa atividade em diferentes áreas da ciência e a tecnologia aplicada à resolução de problemas da biologia e da medicina, em colaboração com médicos, decidiu apostar na criação do Mestrado em Engenharia Biomédica. Tiveram um papel preponderante na implementação do curso nomes como Nuno Grande (professor do ICBAS, já falecido), Mário Barbosa (na altura no DEMM da FEUP), Joaquim Marques de Sá e Aurélio Campilho (do DEEC da FEUP).  Outros docentes da U.Porto e da Universidade de Aveiro colaboraram na lecionação de aulas e orientação de dissertações.

Atualmente, o Mestrado em Engenharia Biomédica  atrai estudantes com formação no 1.º ciclo (licenciatura) em áreas científicas diversas, maioritariamente ligadas à saúde e à engenharia, provenientes de diferentes estabelecimentos de ensino nacionais e estrangeiros. No decorrer do curso, O estudante tem acesso a um conjunto de unidades curriculares optativas que lhe permitem desenhar um percurso de acordo com os seus interesses específicos dentro dos vários domínios da engenharia biomédica, tais como a bioinformática, os biomateriais e engenharia de tecidos, a biomecânica, a engenharia molecular, a robótica médica, a engenharia de reabilitação, entre muitos outros. Complementarmente à formação escolar, é ainda possível participar, no âmbito da dissertação de mestrado, em atividades de investigação na FEUP, em institutos de I&D como o INESC TEC, o I3S, o INEGI, e o Fraunhofer Portugal, assim como em hospitais e em empresas.

Ao longo dos 20 anos de vida do MEB formaram-se cerca de 240 alumni com o grau de mestre em engenharia biomédica.

Outras sessões com oradores convidados terão lugar ao longo deste semestre, as quais serão anunciadas oportunamente.