O European Board of Medical Genetics (EBMG) acaba de acreditar o Mestrado em Aconselhamento Genético (MAG), lecionado no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto.

O EBMG tem por missão garantir a qualidade dos cursos que dão acesso à profissão de Aconselhador Genético na União Euripeia e certificar os respetivos profissionais, na promoção de padrões profissionais de qualidade no diagnóstico genético, na formação e na prática em genética humana nos seus três ramos: Genética Médica, Genética Clínica Laboratorial e Aconselhamento Genético.

Com este reconhecimento, o MAG do ICBAS passa a ser um dos seis mestrados deste tipo acreditados na União Europeia. A acreditação europeia é válida por seis anos, ou seja, entre 2021 e 2026, período em que os estudantes serão elegíveis para o EBMG.

Para a Diretora do MAG, Paula Pinto Freitas, esta validação “é o reconhecimento do trabalho pioneiro na área da Genética Médica / Aconselhamento Genético, de Jorge Sequeiros, Professor Emérito do ICBAS, e do seu empenho na Formação Pós-graduada de Aconselhadores Genéticos destinada a estudantes que podem provir de diferentes áreas profissionais da saúde e a quem se abrem novas possibilidades de trabalho”.

Também os profissionais formados pelo MAG têm a possibilidade de, após alguns anos de experiência clínica pós-mestrado,  pedir o seu registo (certificação), ficando aptos a poder exercer a profissão em qualquer país da União Europeia.

Sobre o Mestrado em Aconselhamento Genético

O MAG é o meio de acesso à profissão de Aconselhador Genético, quer em Portugal, quer na Europa, pois só os graduados a nível de mestrado poderão ter acesso à profissão. O seu objetivo principal é formar profissionais especializados em Aconselhamento Genético, que venham a integrar as equipas clínicas multidisciplinares dos Serviços de Genética Médica hospitalares do País.

No final do curso, os estudantes devem  ser capazes de proceder, de modo independente, ao aconselhamento genético adequado às necessidades de quem os procura, de modo não diretivo, fornecendo a informação necessária para facilitar o seu processo na tomada de decisões e fazer livremente as suas próprias escolhas, bem como apoiá-los nas escolhas efetuadas.

Os graduados devem igualmente ser profissionais competentes e exigentes, capazes de contribuir com os seus conhecimentos e competências para a melhoria dos serviços de genética médica que integrem, promovendo a educação em saúde, a formação de outros profissionais e a investigação em aconselhamento genético.