O eclodir da pandemia impediu que se fizesse mais cedo, mas nem por isso foi menos sentida a homenagem que, no passado dia 14 de julho, reuniu no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) amigos, antigos colegas e diversas personalidades ligadas à Universidade e à Ciência portuguesa, num último tributo à imunologista Maria de Sousa, falecida no passado mês de abril.

“A Maria esteve connosco durante 20 anos e, além de ser uma investigadora reconhecida mundialmente, teve um papel fundamental na ciência portuguesa”, recorda Cláudio Sunkel, diretor do i3S e protagonista da primeira das várias intervenções que, ao longo de mais de uma hora, recordaram a vida e a obra da histórica professora e investigadora da Universidade do Porto.

Pelo auditório do Instituto passou também o cientista Alexandre Quintanilha, ex-diretor do Instituto de Biologia Celular e Molecular (IBMC),  professor jubilado do  Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da U.Porto e amigo de longa data de Maria Sousa. “O que ela deu a Portugal e à Ciência, o seu acreditar que as democracias só se constroem com conhecimento robusto e sólido, foi importantíssimo para o país e para o Porto”, lembrou o atual deputado na Assembleia da República, frisando que “não existem muitas personagens na história de uma Universidade que a tenham prestigiado tanto”.

A última intervenção coube a Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, que recordou Maria de Sousa como “um dos pilares fundamentais da Ciência moderna em Portugal”. O governante enalteceu ainda o legado da imunologista “em termos de «fazer Ciência», de lançar novas ideias, e de dar novas oportunidades de formação aos jovens”.

Transmitida para todo o mundo através da página do i3S no Facebook, a homenagem terminou com o descerramento do nome de Maria de Sousa na biblioteca do i3S e uma visita a uma pequena exposição de objetos pessoais, retirados do último gabinete da investigadora no Instituto.