O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu, na passada sexta-feira, a chave de prata da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), entregue pelo diretor da instituição, Altamiro da Costa Pereira.

Referindo-se ao gesto como uma “singela mas simbólica lembrança”, o diretor da FMUP agradeceu a “exemplar ação” de Marcelo de Rebelo de Sousa como político e como académico, apelando a todos para que encontrem “as suas causas e projetos próprios, de modo a responderem positivamente aos desafios que a sociedade enfrenta”.

Altamiro da Costa Pereira recordou que a mesma lembrança fora entregue recentemente ao funcionário da Faculdade que, durante mais de 40 anos, esteve responsável pela segurança da instituição.

Antes do discurso que encerrou a reunião que juntou no Porto individualidades da Medicina e da Saúde de vários países lusófonos, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu ainda a medalha da Academia Nacional de Medicina de Portugal, entregue pela presidente da instituição e também docente da FMUP, Fátima Carneiro.

À chegada à FMUP, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido ao som da Tuna Masculina da faculdade. (Foto: FMUP)

À chegada, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido ao som da Tuna Masculina da FMUP, que presenteou o Presidente da República com um CD de originais. Confessado-se “honrado” com as ofertas e homenagens recebidas, Marcelo recordou os seus “mais de 40 anos de serviço” à sua faculdade e a várias escolas universitárias, mas também à memória de seu pai.

“Um médico com uma memória de grandes mestres que conheceu e admirou, bem como com galardões que recebeu em Portugal e no Brasil numa vida em que a saúde andou sempre paredes meias com a política”, disse o chefe de Estado.

“Imperativo ético”

Já na Aula Magna da FMUP, o Presidente da República defendeu ser um “imperativo ético” que os que mais recebem são também os que mais têm de dar.

“O meu apelo de hoje e de sempre é que nunca deixem de ser pessoas a cuidarem de outras pessoas. Mais ter recebido e mais ter obrigação de dar, determina ser-se o mais servidor dos servidores, o mais humilde dos humildes, o mais responsável de entre os responsáveis”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

Reunindo dezenas de médicos, professores, académicos e políticos, a Reunião das Academias Nacionais de Medicina de Portugal e do Brasil juntou também representantes de Angola, Moçambique e Macau.

Recorde-se que a iniciativa teve como objetivo a “promoção do conhecimento científico e o desenvolvimento do diálogo entre Academias de Medicina e académicos do espaço cultural e científico dos Países de Língua Portuguesa”.