A Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto vai receber, no próximo dia 29 de maio, um concerto do Mankes Piano Quartet. Ao edifício histórico da Reitoria, este grupo internacional, formado por um quarteto com piano, vai trazer um programa com obras de Mozart, Brahms e Fauré. O espetáculo está marcado para as 21h30 e tem entrada livre.

Fundado em 2019, o Mankes Piano Quartet é composto pelo pianista Shane van Neerden (EUA), o violinista Emil Peltola (Finlândia), o violinista João Álvares Abreu (Portugal) e o violoncelista Henrique Constância (Portugal).

Nos últimos anos, têm trabalhado regularmente com músicos como Nobuko Imai, Pedro Carneiro, Michel Dispa e Frank Peters. Foram, recentemente, aceites como o primeiro quarteto de piano no NSKA – Academia holandesa de Quarteto de Cordas, onde irão trabalhar regularmente com músicos de câmara de renome como Marc Danel (Quatuor Danel).

O Mankes Piano Quartet é formado por Shane van Neerden, Emil Peltola, João Álvares Abreu e Henrique Constância. (Foto: DR)

O Mankes Piano Quartet tem dado concertos, maioritariamente, em Holanda e em Portugal sendo que, por cá, têm atuado em espaços como o Palácio da Bolsa, o Museu Nacional da Música, a Fundação Cupertino de Miranda, e a Casa das Artes de Famalicão.

Em outubro de 2021, durante uma série de concertos nas ilhas açorianas, foram selecionados para desenvolver um projeto dentro da candidatura dos Açores a Capital Europeia da Cultura 2027. O projeto experimental que criaram estabelece uma ligação entre a música tradicional açoriana e a música clássica ocidental.

Porquê Mankes?

Embora a popularidade só tenha sido realmente mais visível nos últimos anos, o pintor holandês Jan Mankes (1889-1920) produziu uma vasta gama de obras que o grupo considera muito inspiradoras, capaz de alcançar uma qualidade “quase completamente silenciosa” e “sem conclusões”.

Na forma como se relaciona com música, esta “personificação”  seria “paradoxalmente” algo pelo qual estão “constantemente a lutar”, ou seja, “um tipo de música que “deixa o rudimentar para trás e invade que é inexprimível com palavras”. No fundo que alcança o que todo o criador procura: ” vivacidade do momento: a criação pura”.