Menos de três semanas após o lançamento da STAYAWAY COVID, são já mais de um milhão os portugueses que descarregaram a aplicação oficial de rastreio digital da COVID-19 em Portugal, cujo desenvolvimento contou com o contributo de investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).

Até este domingo, a aplicação contabilizava um total de 1.030.824 ‘downloads’ nos sistemas operativos iOS e Android. “Estamos muito satisfeitos, ainda que não esteja propriamente surpreendido”, admite Rui Oliveira, administrador do INESC TEC.

Em declarações à agência Lusa, aquele responsável lembra que a STAYAWAY COVID “é uma ajuda à população portuguesa”. Contudo, lembra que “ainda faltam os restantes cinco milhões de portugueses [que têm ‘smartphones‘]”.

Lançada no passado dia 1 de setembro, no Porto, a STAYAWAY COVID permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones‘, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.  Tudo isto através de uma utilização voluntária e gratuita e que, em nenhum momento, tem acesso à identidade ou dados pessoais do utilizador.

Interações a crescer

E se o número de downloads não pára de aumentar, o mesmo acontece com as interações na aplicação. De acordo Rui Oliveira, terão havido já “várias dezenas” de médicos a gerar códigos para doentes infetados

Recorde-se que, aquando do lançamento da STAYAWAY COVID, o primeiro-ministro, António Costa considerou que instalar a aplicação no telemóvel é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina.

Na mesma cerimónia, que contou com a presença da Ministra da Saúde, Marta Temido, e do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o governante exortou os utilizadores da aplicação a “sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”.

Um esforço conjunto

Para além dos investigadores do INESC TEC e do ISPUP, o desenvolvimento da STAYAWAY COVID contou ainda com a participação das empresas Keyruptive e Ubirider.

O projeto foi promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no âmbito da Iniciativa Nacional em Competências Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030 e contou com o apoio da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (cedência do alojamento de parte do sistema), do Centro Nacional de Cibersegurança (acompanhamento do desenvolvimento e testes de segurança), a NOS (dispositivos móveis para experimentação e teste) e a Wavecom (equipamento e apoio na experimentação e teste Bluetooth).