A investigadora Juliana Poças, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), foi recentemente distinguida pela European Molecular Biology Organization (EMBO) com uma “EMBO Scientific Exchange Grant”, que lhe permitirá aprender novas técnicas e desenvolver a sua investigação em cancro gástrico num laboratório da Universidade de Lund, na Suécia.
A frequentar atualmente o 4.º ano do programa doutoral em Patologia e Genética Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Juliana Poças salienta que “receber este prémio representa um reconhecimento de todo o esforço e dedicação aplicados neste projeto sobre cancro gástrico”. Para além disso, acrescenta, “vai permitir-me ter uma experiência internacional que considero muito relevante para o meu crescimento científico e pessoal”.
Durante seis meses, a jovem investigadora e membro do grupo de investigação em «Glycobiology in Cancer», do i3S irá integrar o grupo “Tumour Microenvironment” da Universidade de Lund, sob orientação do investigador Mattias Belting. Ali, terá a oportunidade de “aprender técnicas novas relevantes” para o seu projeto de doutoramento e de partilhar e discutir os seus resultados num contexto internacional e multidisciplinar. “O meu objetivo é também implementar essas novas técnicas no i3S”, acrescenta.
O projeto de doutoramento de Juliana Poças, orientado por Ana Magalhães e coorientado por Celso A. Reis, tem como principal objetivo “identificar alterações na glicosilação de células de cancro gástrico, nomeadamente de proteoglicanos, e perceber se estes glicoconjugados são transportados nas vesículas extracelulares secretadas pelas células tumorais”.
Nesta visita à Universidade de Lund, uma das “aliadas” da U.Porto na European University Alliance for Global Health (EUGLOH), a investigadora vai procurar “analisar a presença destes glicoconjugados em vesículas extracelulares isoladas de amostras clínicas de pacientes com cancro gástrico. Este trabalho tem como objetivo final descobrir um biomarcador de diagnóstico precoce e/ou estratificação de pacientes de cancro gástrico”, conclui.
