O ator e encenador João Reis vai ser o orador convidado da Sessão Oficial de Abertura do Ano Letivo 2022.2023 na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), agendada para a tarde de 26 de setembro. “Nada será como dantes e depois” será o título da conferência a proferir pelo também apresentador e narrador da série ‘Planeta A’, projeto coproduzido pela RTP e Fundação Calouste Gulbenkian.

Nesta passagem pela FAUP, João Reis terá oportunidade de falar, a partir da sua experiência na série documental “Planeta A”, das questões relacionadas com a gestão de recursos do planeta e associadas ao desenvolvimento económico e social das nações.

É na frase de Proust “O tempo corre em plena luz do dia tão secretamente como o ladrão na noite” que João Reis encontra a “analogia perfeita, para um tempo em que, vivendo em aceleração permanente, nos esquecemos frequentemente do que tínhamos antes e do que virá depois”.

A sessão enquadra-se no projeto ‘NEB goes South’, coordenado pela FAUP com o envolvimento de várias universidades do Sul da Europa, no âmbito da New European Bauhaus e recentemente reconhecido como um dos três ‘New European Bauhaus Lab’ da União Europeia -,

Sobre João Reis

João Reis nasceu em Lisboa, em 1965. Em teatro, destaca-se o trabalho realizado com os encenadores ou em encenações de Ricardo Pais, João Lourenço, Nuno Carinhas, José Wallenstein, Luis Miguel Cintra, Carlos Pimenta, Jorge Lavelli, Giorgio Barberio Corsetti, Pedro Mexia, Miguel Guilherme, Marcos Barbosa, Rui Mendes, Adriano Luz, António Pires, José Neves e Diogo Infante, Marco Medeiros, entre outros.

Na área da música, como intérprete ou narrador, colaborou ainda com os Divino Sospiro, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Gulbenkian, a Sinfónica do Porto e o Remix Ensemble na Casa da Música.

Na qualidade de encenador, assinou a direção cénica de Buenas Noches, Mi Amor, a partir de Al Berto (TNSJ, 1999), Transacções, de David Williamson (Teatro Maria Matos/Puras Visões, 2009), a leitura encenada do “Sermão de Santo António aos Peixes” do Padre António Vieira (Festival das Artes / Coimbra 2013) e “Neva” de Guillermo Calderón (2015 numa coprodução com Teatro Nacional São João), “Portugal, Meu Remorso” a partir da obra de Alexandre O’Neill (2015, Teatro São Luiz), “A Disputa” de Marivaux (2019, no Palácio Nacional de Queluz) e ainda “The Fog Machine e outros poemas para o teu regresso”, com texto de Gonçalo M.Tavares com o compositor e percussionista Nuno Aroso e “A Praia” de Peter Asmussen (numa co-produção entre o Teatro São Luiz e o Teatro São João).

Em cinema, tem trabalhado com realizadores como João Canijo, Manoel de Oliveira, António Macedo, Pedro Sena Nunes, Edgar Pêra, Luís Filipe Rocha, Ruy Guerra, e Vicente Alves do Ó. As suas últimas aparições no cinema foram nos filmes Em Câmara Lenta, de Fernando Lopes, e A Vingança de uma Mulher, de Rita Azevedo Gomes (2012) e SNU de Patrícia Sequeira (2018). Em televisão, tem participado em séries e telenovelas.

Na rádio foi corresponsável pelo projeto “Os Sons, Menina / Teatros Radiofónicos” como realizador e coordenador no âmbito de uma iniciativa do Teatro Nacional São João. 

“Nada será como dantes e depois’ será o título da conferência proferida pelo ator e encenador português. (Foto: João Reis)

Prémios, distinções e abertura da ANUÁRIA’22

A antecipar a conferência, decorrerá a entrega do Prémio Pedro Branco ao melhor estudante a terminar o 3.º ano no ano letivo 2021.2022, e do Prémio Ricardo Spratley ao melhor estudante a terminar o Mestrado Integrado no ano letivo 2020.2021 com média igual ou superior a 16 valores. Serão ainda atribuídas menções de reconhecimento aos estudantes que se doutoraram no ano letivo 2020.2021.

Após a sessão, será inaugurada a exposição Anuária’22.

Com entrada livre, a Sessão Oficial de Abertura do Ano Letivo 2022.2023 tem início às 17h00, no auditório Fernando Távora da FAUP.