Depois de uma primeira edição de grande sucesso, que juntou centenas de pessoas um pouco por todo o país, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) volta a sair dos laboratórios e dos consultórios dos hospitais para falar com a população sobre os mais recentes avanços científicos e médicos na área do cancro. De 19 de janeiro a 23 de março de 2023, a 2.ª edição da iniciativa “Tratar o cancro por tu” vai passar por seis capitais de distrito, levando consigo alguns dos melhores especialistas locais e do Ipatimup em cancros de grande relevância: pulmão, mama, cólon, próstata, pele e tumores pediátricos.

Numa altura em que os constrangimentos orçamentais e a pandemia ainda se fazem sentir ao nível das doenças oncológicas, com impacto quer no aumento da mortalidade quer no número de casos diagnosticados tardiamente, o Ipatimup inicia este novo ciclo de sessões quinzenais sobre literacia de cancro com os mesmos objetivos da primeira edição: informar sobre as terapias mais recentes no combate ao cancro, simplificar conceitos, alertar para o diagnóstico precoce e colocar os doentes no centro da discussão.

À iniciativa juntam-se novamente alguns dos melhores especialistas nacionais, com destaque para a presença em todas as sessões do patologista Manuel Sobrinho Simões, fundador e diretor do Ipatimup e Professor Emérito da U.Porto. Desta vez, as sessões contam também com a participação do reconhecido ator Jorge Serafim que, através de contos populares e algum humor, humanizará o tema.

A primeira sessão, sobre tumores pediátricos, realiza-se no Porto, a 19 de janeiro, e a segunda, sobre diagnóstico e tratamento da próstata, será a 9 de fevereiro, em Braga. Seguem-se mais quatro sessões sobre cancro do pulmão, em Coimbra (16 de fevereiro), sobre cancro da mama, no Funchal (2 de março), cancro da pele, em Vila Real (16 de março), e cancro do cólon, em Évora (23 de março).

Com estas sessões, explica José Carlos Machado, membro da Direção do Ipatimup, “procuramos desconstruir alguns dogmas associados ao cancro. É verdade que é uma doença que, por ano, mata mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 28 mil em Portugal, mas o seu diagnóstico está longe de constituir uma sentença de morte. Na verdade, o diagnóstico precoce e a evolução no tratamento colocam-nos hoje numa situação em que a mortalidade associada ao cancro é inferior a 50%.

De acordo com o mesmo responsávle, “estas sessões destinam-se a todos os cidadãos, pois todos corremos o risco de desenvolver cancro, e se há uma coisa que aprendemos é que um doente com cancro bem informado é um doente mais bem tratado”.

«Tratar o cancro por tu» estará, assim, ao alcance de todos. Cada uma das seis sessões dará origem a um podcast na Antena1, que estará disponível na RTP PLAY, bem como nas várias plataformas de ‘streaming’.

Os eventos realizam-se em parceria com a Antena1, a RTP, o i3S e a Roche Foundation Medicine e contam também com o apoio da Merck.