Uma equipa de investigadores do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial está a desenvolver um sistema capaz de simular o parto em computador, de forma a apoiar a prática obstétrica.

O objetivo é melhorar a compreensão dos aspetos morfofisiológicos de um parto vaginal e, assim, servir de apoio à decisão clínica e contribuir para que mais mães tenham uma experiência sem complicações.

Assente nas capacidades multidisciplinares do INEGI na área da biomecânica, e contando ainda com o apoio da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), o projeto envolve a criação de uma ferramenta, baseada em algoritmos de morphing para modelação personalizada, e o desenvolvimento e validação de modelos constitutivos para caracterizar diferentes estruturas pélvicas.

Significa isto que os profissionais de saúde terão capacidade para analisar autonomamente a biomecânica associada ao parto para cada paciente por intermédio de uma plataforma computacional.

“Queremos tornar possível a criação de modelos de parto orientados ao paciente de forma atempada, de modo que cada parto seja personalizado para evitar complicações”, explica Dulce Oliveira, responsável pelo projeto no INEGI.

Além das vantagens clínicas, acrescenta a investigadora, “a ferramenta terá ainda interesse a nível didático e de investigação”. Por estas razões, a tecnologia “terá certamente aplicação direta na indústria da saúde, podendo ser futuramente comercializada”.

O projeto “SIM4SafeBirth – Uma abordagem biomecânica para melhorar o parto” é cofinanciado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia.