Os estudantes de doutoramento Anoop Alex e Rui Borges são ambos investigadores do CIIMAR. (Foto: CIIMAR)

Anoop Alex e Rui Borges são estudantes de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto (CIIMAR) e assinaram, recentemente, dois artigos merecedores destaque na conceituada publicação PLOS ONE.

Rui Borges assina o artigo “The emergence and the duplication events in the melanopsin gene family (OPN4m and OPN4x) during vertebrate evolution”. A equipa internacional (que contou também com a participação do geneticista Agostinho Antunes, investigador do  CIMAR e Professor Auxiliar da FCUP) estudou a evolução molecular da melanopsina, uma proteína celular fotosensível envolvida na regulação do ritmo circadiano (resposta fisiológica à sucessão do dia e da noite) nos vertebrados.

No trabalho encabeçado por Anoop Alex, a equipa de investigadores da U.Porto estudou a associação simbiótica entre cianobactérias e esponjas marinhas na costa de Portugal. As cianobactérias representam um dos organismos mais frequentes dentro da comunidade bacteriana associada a esponjas marinhas e constituem simbiontes abundantes nos ecossistemas de recife de coral.

A natureza destas associações simbióticas é no geral pouco conhecida, mas evidências prévias sugerem que as cianobactérias proporcionam aos hospedeiros uma vasta gama de serviços para a sua sobrevivência e crescimento, nomeadamente fotossíntese, fixação de nitrogénio ou proteção UV. Conhecer a natureza das relações simbióticas entre cianobactérias e esponjas (animais primordiais) poderá revelar não só informação relevante para compreender melhor as associações simbióticas entre procariotas e eucariotas, mas também permitir a identificação de compostos bioativos novos, com potenciais aplicações biomédicas e farmacológicas.

Recorde-se que a última edição da PLOS ONE conta ainda com um artigo assinado por investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da U.Porto, que dá conta da descoberta de um conjunto de barreiras “invisíveis” que limitam o movimento migratório das lapas.