Trabalho premiado revela que as migrantes têm maior probabilidade de amamentar exclusivamente aos 3 meses. (Foto: DR)

Cosima Lisi, investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), recebeu o prémio de melhor póster na Conferência Internacional de Aleitamento Materno 2018 por um trabalho que comparou o aleitamento materno exclusivo aos 3 meses entre mulheres portuguesas nativas e migrantes.

O estudo concluiu que, comparativamente com as mulheres nativas, as migrantes têm maior probabilidade de amamentar exclusivamente aos 3 meses, independentemente de fatores como a educação, paridade, tipo de parto, idade gestacional, contacto pele a pele na primeira hora após o nascimento e exposição ao marketing dos substitutos do leite materno.

Segundo a investigadora premiada, que é também estudante do Programa Doutoral em Saúde Pública Global da Universidade do Porto, “estes resultados mostram que as mães migrantes têm uma atitude mais favorável em relação ao aleitamento materno, sendo necessário mantê-la”.

A investigadora Cosima Lisi recebeu o prémio de melhor póster na Conferência Internacional de Aleitamento Materno 2018.

Para Cosima Lisi, o estudo contribui para “aumentar o conhecimento sobre as práticas de aleitamento materno nestas populações e ajudar a propor intervenções de saúde pública destinadas a promover a amamentação”.

A investigação, designada Factors associated with breastfeeding practices among migrant and native women in Portugal, contou também com a participação dos investigadores do ISPUP, Henrique Barros e Cláudia de Freitas.

Sob o mote “Aleitamento Materno: um Alicerce para a Vida”, a Conferência, organizada pela Comissão Nacional Iniciativa Amiga dos Bebés/UNICEF, teve lugar no dia 28 de setembro, no auditório do Hospital Magalhães Lemos, no Porto, marcando o arranque da semana dedicada ao Aleitamento Materno em Portugal, que se realiza de 1 e 5 de outubro.

Na Conferência participou também o Presidente do ISPUP, Henrique Barros, com a palestra intitulada “A contribuição da amamentação para a redução da pobreza e das desigualdades”.