O investigador Tiago Duarte, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), da Universidade do Porto, foi recentemente convidado para integrar o corpo editorial da revista norte-americana Antioxidants & Redox Signaling, a principal publicação científica de revisão por pares que se dedicam a estudar a biologia da redução e oxidação de oxigénio (redox) na saúde e doença humanas.

Com um fator de impacto de 7.04, a Antioxidants & Redox Signaling inclui no seu corpo editorial os mais respeitados cientistas na área da biologia redox, stress oxidativo e antioxidantes. Por isso mesmo, “o convite para editar um número especial e a nomeação para o corpo editorial representam um reconhecimento da minha produtividade científica e do meu contributo regular e empenhado para o processo de revisão por pares desta revista”, reconhece o investigador do i3S.

Ao mesmo tempo, Tiago Duarte foi também convidado para ser o «Guest editor» de um número especial da revista dedicado ao metabolismo do ferro. “Está em fase final de preparação, com a maioria dos artigos já aceite, e será publicada em papel em 2021”, avança o investigador,

Esta edição especial Antioxidants & Redox Signaling tem já confirmadas “contribuições de autores influentes na área do metabolismo do ferro, provenientes de University of Oxford, Children’s Hospital of Philadelphia, New York Blood Center, Università di Torino, Universiteit Antwerpen, Nova Medical School e do i3S”.

Sobre Tiago Duarte

Com formação em Biologia e especialização em biologia molecular e bioquímica, Tiago Duarte doutorou-se em 2007 pela Universidade de Leicester. Atualmente, trabalha como investigador no grupo «Investigação Básica e Clínica em Biologia do Ferro» do i3S, liderado pela investigadora Graça Porto, onde tem centrado a sua investigação nas doenças humanas causadas pela sobrecarga de ferro no organismo.

Uma equipa de investigadores liderada pelo investigador descobriu, em 2014, que o gene NRF2 protege o fígado de ratinhos contra a toxicidade do ferro e, mais recentemente, em colaboração com um grupo da Universidade de Oxford, concluiu que o gene NRF2 tem um papel importante na regulação dos níveis elevados de ferro.

Esta descoberta, que fez capa da revista científica «Nature Metabolism», abre a possibilidade de se encontrar neste gene uma nova terapia para doenças relacionadas com a sobrecarga de ferro, nomeadamente a hemocromatose e um grupo de doenças do sangue caracterizadas por anomalias na produção de hemoglobina.