João Paulo Cunha foi o único português presente na conferência. (Foto: DR)

O investigador do INESC TEC e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), João Paulo Cunha, foi um dos convidados para participar na conferência das Nações Unidas “Empowering Affected People”, onde apresentou um conjunto de sensores vestíveis que monitorizam os sinais vitais e o posicionamento no terreno de profissionais de primeira resposta, tais como paramédicos ou bombeiros.

O objetivo destes sensores, que supervisionam, por exemplo a respiração, a temperatura do corpo, gases nocivos com o monóxido de carbono, entre outros sinais “é obter índices de fadiga, exposição a calor e níveis de stress, exposição a gases nocivos, etc., que possam ser utilizados para a proteção destes profissionais e para uma melhor gestão das equipas no terreno, em situações de catástrofes naturais, por exemplo”, explica o investigador.

A conferência “Empowering Affected people” decorreu a 21 e 22 de março na sede da Google (Googleplex), nos EUA. (Foto: DR)

A tecnologia faz parte do projeto “VR2Market: Desenvolvimento de um Produto para Monitorização Móvel e Vestível da Saúde de Profissionais de Primeira Resposta e de outras Profissões de Risco”, desenvolvido no âmbito da Iniciativa Empreendedora de Investigação (ERI) do Programa CMU Portugal, liderada pelo investigador do INESC TEC, em conjunto com a Universidade de Carnegie Mellon (CMU), tendo como parceiros nacionais o IEETA/Universidade de Aveiro, o Instituto de Telecomunicações-Polo do Porto e a empresa tecnológica Biodevices S. A..

João Paulo Cunha foi o único português presente na conferência, que decorreu nos dias 21 e 22 de março na sede da Google (Googleplex), nos EUA, e onde foram realizadas diversas sessões dedicadas aos temas comunicações com comunidades afetadas, recolha de dados, visualização e análise para a gestão de eventos críticos, identificação digital, privacidade de dados, pagamentos digitais, entre outros tópicos.

A conferência foi organizada pelo gabinete das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários, que é responsável por juntar vários agentes humanitários que assegurem uma resposta coerente em caso de emergência.

As mudanças tecnológicas têm tido um grande efeito nas operações humanitárias. Estima-se que em 2020 as subscrições de dispositivos móveis ultrapassem o número de população global e que mais de metade da população mundial tenha acesso rápido à internet. Com estes números, quando um desastre natural ou um conflito ocorrer, as organizações humanitárias têm que estar aptas para potenciar a tecnologia de modo a responder de forma mais efetiva e eficiente.