Depois da Europa, EUA, Coreia do Sul e Japão, a tecnologia C4Mir (“Control Module for Multiple Mixed-Signal Resources Management”) foi agora patenteada na China, tornando-se a primeira tecnologia do INESC TEC a alcançar essa marca.

Desenvolvido por José Machado da Silva, Miguel Velhote, ambos investigadores do INESC TEC e docentes na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e António Salazar, antigo investigador do INESC TEC, o C4MiR contribui com um método sistematizado e flexível para testar os circuitos de sinal analógico e digital ao longo do seu tempo de vida. Isto ajuda a tipificar a forma como se fazem estes testes, os quais podem ser incluídos nos desenhos dos microcircuitos.

Essas capacidades poderão inclusivamente beneficiar os designers de chips e circuitos eletrónicos de outras formas para além das possibilidades de teste, através das novas capacidades de sincronização e maior eficiência que esta tecnologia traz a este tipo de barramentos, assumindo um potencial de aplicação muito vasto na área das TIC, particularmente quando aplicada à indústria e Internet das Coisas.

Além da implicação direta nestes domínios, o C4MiR tem indiretamente impacto nas áreas agroalimentar, automóvel, economia do mar, materiais e matérias-primas, saúde, dispositivos médicos, tecnologias de produção, robótica, contribuindo para a capacidade tecnológica da indústria portuguesa.

Porquê várias patentes?

Apesar de existir um grande consenso mundial em termos da legislação das patentes, cada país é soberano e tem liberdade para introduzir algumas especificidades. O histórico e a prática dos vários institutos de patentes é distinta, o que tem impacto na avaliação dos argumentos apresentados para justificar a novidade e a inventividade da invenção a proteger por patente.

Além disso, e considerando que no sistema de patentes o “peso” de cada palavra é muito bem medido, as barreiras de comunicar obrigatoriamente em chinês e o seu impacto na interpretação da mensagem introduzem alguma dificuldade ao processo.