Só fazem parte do TTO Circle 31 instituições de investigação, todas elas de grande dimensão e com uma estratégia sólida e bem definida.

O INESC TEC é a primeira instituição portuguesa a fazer parte do TTO Circle, uma iniciativa da Comissão Europeia que reúne algumas das maiores instituições de investigação europeias, como o CERN, a ESA (Agência Espacial Europeia), o Fraunhofer, a Tecnalia ou o TNO, com o objetivo de partilhar as melhores práticas e conhecimentos em transferência de tecnologia,

Criado com objetivo de influenciar algumas políticas europeias e promover as melhores práticas de transferência de tecnologia, este Círculo de Gabinetes de Transferência de Tecnologia (ou na versão anglo-saxónica European Technology Transfer Offices circle) surge pela necessidade que a União Europeia tem de gerar mais inovação, aproveitar a base do seu conhecimento, reforçar a sua posição económica e enfrentar os grandes desafios societais deste século, de modo a impulsionar a sua competitividade global.

Na prática, é esperado que as instituições que colaboram nesta rede desenvolvam atividades conjuntas, bem como uma abordagem comum relativamente a padrões internacionais, profissionalizando assim a atividade e promovendo-a para os mercados Europeus.

“A criação do TTO Circle prova que a inovação está no centro da agenda política de Bruxelas. A transferência de tecnologia vai permitir enfrentar os desafios societais mais críticos com que atualmente nos deparamos a nível europeu, como por exemplo a saúde, a segurança energética, alterações climáticas, entre outros”, explica Catarina Maia, responsável do Serviço de Apoio ao Licenciamento do INESC TEC e a representante da instituição no TTO Circle.

Porque integra o INESC TEC este grupo restrito de Bruxelas? Catarina Maia explica: “só fazem parte do TTO Circle 31 instituições de investigação, todas elas de grande dimensão e com uma estratégia sólida e bem definida. O INESC TEC reúne todas estas condições – é o maior instituto a atuar na área de engenharia em Portugal e é também uma das instituições com maior número de patentes submetidas a nível nacional nos últimos anos.

Só em 2018 foram realizados 28 pedidos de patentes nas áreas de processamento de sinal digital e elétrico, tecnologia médica e segurança em redes de comunicações sem fios. A responsável do SAL acrescenta: “fomos ainda a instituição nacional a fazer mais pedidos de patente junto do Instituto Europeu de Patentes em 2018 – sendo que em 2017 tínhamos ficado em segundo lugar. Atualmente, encontramo-nos a criar várias spin-offs baseadas em tecnologias proprietárias”.