Dia Internacional da Mulher assinala-se esta segunda-feira, 8 de março, e foi esta a data escolhida pelos investigadores do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) para lançar um inquérito online que vai recolher dados sobre a representatividade feminina no campo da Engenharia Mecânica.

Aberto a todas as mulheres diplomadas em Engenharia Mecânica entre 2001 e 2020, o inquérito insere-se num estudo que visa auscultar a evolução da representatividade do género feminino nesta área, ao longo dos últimos 20 anos, e compreender como as mulheres se posicionam na seleção do curso e no exercício da profissão.

“Tradicionalmente a profissão de engenheiro mecânico era mais procurada por indivíduos do sexo masculino, mas esta tendência tem vindo mudar ao longo das duas últimas décadas, e há cada vez mais mulheres inscritas em engenharia mecânica”, conta Teresa Duarte, responsável pelo projeto no INEGI.

Os números em bruto, contudo, não contam a história toda. “Pretendemos determinar que fatores encorajaram ou desencorajaram a escolha da carreira, onde se posicionam hoje em termos de hierarquia e funções de coordenação e responsabilidade”, entre outras questões.

Com esta iniciativa, pretende-se ajudar a identificar desigualdades e a planear respostas para encorajar mais mulheres a seguir carreira em engenharia.

Engenharia Mecânica é um dos cursos com as notas mais elevadas de ingresso e com cada vez mais procura, e as vagas disponíveis aumentaram bastante ao longo dos últimos 20 anos. Neste momento é o 2º curso com mais estudantes novos todos os anos na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.