A Universidade do Porto e a INDAQUA assinaram, esta quinta-feira, um protocolo de colaboração que prevê a atribuição de até 100 bolsas de estudo a estudantes da Universidade em situação de carência económica, totalmente financiadas por aquela que é uma das maiores operadoras nacionais no universo das concessões municipais de água.

As “Bolsas INDAQUA”, no valor de 700 euros (correspondente a mais de um ano de propina), destinam-se especificamente a estudantes – de licenciatura e mestrado integrado – em situação de carência económica provenientes dos concelhos onde a INDAQUA opera, nomeadamente Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde.

Através desta iniciativa, a INDAQUA assume como objetivo apoiar o combate ao abandono escolar no Ensino Superior. “Nestes tempos de pandemia e de crise económica acentuada, fez-nos sentido dirigir a nossa política de responsabilidade social para áreas onde a perda para a sociedade pode ser enorme. Um estudante universitário que seja obrigado a desistir do seu curso é uma perda permanente, portanto fazia todo o sentido associarmo-nos à Universidade”, explicou Pedro Perdigão, CEO da empresa, à margem da cerimónia realizada na Reitoria.

Já o Reitor da U.Porto deixou elogios a uma iniciativa que “significa quebrar com uma tradição de escassez de cooperação entre as empresas e o meio académico”. Por outro lado, “vai permitir que um conjunto alargado de estudantes resolvam as suas dificuldades e possam continuar a sua trajetória académica”, referiu António de Sousa Pereira, realçando que “parcerias como esta são fundamentais” para a instituição.

A assinatura do protocolo decorreu na Sala do Conselho da Reitoria da U.Porto. (Foto: U.Porto)

O processo de identificação e seleção dos bolseiros será agora gerido pelo Núcleo de Bolsas do Serviço de Apoio ao Estudante dos Serviços de Ação Social da U.Porto (SASUP) e deverá ficar concluído ainda durante o mês de julho.

Para o efeito, serão elegíveis (ver regulamento) os estudantes que tenham submetido a candidatura a bolsas de estudo ao abrigo do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo aos Estudantes do Ensino Superior (RABEEES) e que não tenham sido selecionados.

“É um apoio significativo que nos irá permitir discriminar positivamente estudante que, por vezes por um pequeno diferencial de capitação, viram as suas bolsas recusadas. Isso, em termos práticos, implica o dispêndio de muito esforço financeiro por parte das famílias”, conclui João Carvalho, diretor dos SASUP.