Sob o mote “48 anos… e agora?” o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto comemora, no próximo dia 5 de maio, o 48.º aniversário da sua fundação com um programa ambicioso que pretende relembrar o passado e pensar o futuro.

Com início às 14h30, no Salão Nobre do complexo ICBAS/FFUP, a programação do evento revisita quase meio século de história e convida a uma viagem no tempo, através das memórias guardadas do antigo edifício das Biomédicas, localizado no Largo Abel Salazar.

Entre testemunhos de antigos colaboradores, estudantes e docentes da instituição, destaca-se a presença já confirmada do Reitor da Universidade do Porto e antigo Diretor do ICBAS, António de Sousa Pereira. O programa convida ainda a comunidade a refletir sobre o futuro do Instituto, focando questões chave para a Escola, como é exemplo o conceito  “Uma Saúde”.

Um dia de aniversário que, nas palavras do atual Diretor, “será de celebração da memória coletiva de quem viveu, ensinou e aprendeu no interior das paredes do ICBAS”.

“Celebrar a nossa origem, preservar a nossa memória e simultaneamente projetar aquilo que será o nosso futuro” é, para Henrique Cyrne de Carvalho, o que se espera da cerimónia que assinala os 48 anos da instituição. E confessa: “O ICBAS nasceu de um sonho dos seus fundadores. Ainda hoje tenho, como muitos temos, uma relação de afeto muito grande por aquele edifício”.

As memórias do antigo edifício do ICBAS, no Largo Abel Salazar, vão estar em destaque na celebração do aniversário do Instituto. (Foto: DR)

O evento contará ainda com a inauguração da exposição de fotografia “As memórias que guardam as Biomédicas”, que contempla registos do edifício original do ICBAS pela lente do fotógrafo Luís Barbosa, ilustradas por memórias escritas por colaboradores e docentes. A exposição ficará patente até 10 de maio, no Foyer ICBAS/FFUP.

A participação nas comemorações é aberta a toda a comunidade U.Porto, mediante inscrição prévia.

Sobre o ICBAS

Criado em 1975, por iniciativa de um grupo de professores da U.Porto inspirados no pensamento e obra de Abel Salazar, entre os quais se destacavam Corino de Andrade, Nuno Grande e Ruy Luís Gomes, o ICBAS assumiu-se, desde as origens, como uma escola multidisciplinar e multiprofissional na área das Ciências da Vida.

Ao apostar numa formação abrangente em áreas como a Medicina, a Veterinária, a Agronomia e a Biologia, mas também na cooperação com diferentes instituições da cidade – designadamente o Hospital Geral de Santo António -, o instituto introduziu uma série de princípios inovadores que acompanhariam a vida da escola até hoje, fazendo jus à máxima que constitui o lema da escola: “um médico que só sabe Medicina nem Medicina sabe”.

O ICBAS entrou em funcionamento a partir de 1976/77, com as licenciaturas em Medicina e Ciências do Meio Aquático. De então para cá, a escola foi alargando o seu leque de formações (Medicina Veterinária, Bioquímica e Bioengenharia) e de serviços abertos à comunidade..

Durante mais de 30 anos, o ICBAS funcionou no edifício que pertencera à Faculdade de Medicina, no Largo da Escola Médica (atual Largo Abel Salazar).

Em 2012, o instituto mudou-se para o atual complexo, construído nas traseiras do antigo quartel CICAP da rua D. Manuel II, o qual partilha com a Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP).