Teixeira da Silva e Roberto Salema foram dois dos fundadores do Centro de Microscopia Electrónica, “embrião” do que é hoje o IBMC.

Uma das maiores instituições nacionais em investigação em ciências da vida e da saúde, o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), tem uma história recheada de pontes que a ligam intrinsecamente à Universidade do Porto. E se pensarmos na Microscopia Electrónica de Transmissão (MET), estaremos a pensar no verdadeiro cordão umbilical entre as duas instituições. Por esse motivo, realiza-se já no próximo dia 11 de julho, no IBMC, um simpósio – Because TEM is in our genes – dedicado a esta técnica, durante o qual será homenageado Roberto Salema, um dos fundadores da instituição.

Oficializado em 1965, o “Centro de Microscopia Electrónica (CME) Calouste Gulbenkian da Universidade do Porto” abriu portas a 24 de Outubro de 1966 na dependência direta da Reitoria que lhe atribuía verba para funcionamento. Disponibilizava-se, assim, uma tecnologia de vanguarda que estava a revolucionar a ciência da época e, a partir de então, facilmente acessível a toda a comunidade investigadores das várias Escolas da U.Porto. O Centro de Microscópia Electrónica funcionou em edifício adaptado para esse fim, situado na Quinta Burmester, à Rua do Campo Alegre, e iniciou atividade com elementos da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Ciências e, posteriormente, da Faculdade de Farmácia e do ICBAS.

Em 1976, por despacho do ministro, cria-se o Centro de Citologia Experimenta da U.Porto, por iniciativa de três investigadores: Francisco Carvalho Guerra, Roberto Salema e Manuel Teixeira da Silva. Este novo centro não era senão o início da expansão do CME, expansão que se manteve até hoje e resultou naquilo que é o IBMC e, juntamente com o INEB e o IPATIMUP, será em breve o I3S.

Um dos fundadores do centro e grande protagonista desta história, Roberto Salema, será homenageado no simpósio em que se debaterá o potencial técnico da MET nas novas linhas de investigação. Refira-se, a este propósito, que o IBMC obteve muito recentemente financiamento QREN para reequipar a HEMS – a unidade de microscopia electrónica do instituto – com os equipamentos mais recentes que, tal como o seu predecessor, estarão disponíveis para utilização por toda a comunidade científica.

O programa do evento Because TEM is in our genes está disponível aqui. A entrada é livre mas sujeita a registo obrigatório.