Margarida Martins Oliveira desenvolveu um estudo sobre a relação entre o apetite e enxaqueca (D.R.)

A Fundação Grünenthal acaba de distinguir três estudos científicos desenvolvidos na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) com um total de 40 mil euros. Em causa estão as investigações premiadas nas duas categorias  – de investigação básica e investigação clínica –  do Prémio Grünenthal Dor 2018 – sendo atribuídas a ambas um prémio de 15 mil euros – e, ainda, através de uma Bolsa para Jovens Investigadores em Dor, um incentivo no valor de 10 mil euros que se destina a apoiar a realização de trabalhos de investigação relacionados com a temática.

O Prémio Grünenthal Dor na categoria de Investigação Básica foi atribuído a Margarida Martins-Oliveira e Isaura Tavares, investigadoras da FMUP. O trabalho premiado – desenvolvido em colaboração a University of California San Francisco e com o King’s College London – delineou uma estratégia de investigação para responder a uma questão importante na neurobiologia da dor: “Como é que a enxaqueca pode ser desencadeada por alterações do apetite?”. Um dos principais objetivos deste trabalho pioneiro foi perceber melhor a origem da enxaqueca de forma a desenvolver estratégias terapêuticas mais específicas e eficazes.”

Rui Pinto e Francisco Cruz comprovaram a eficácia do uso do botox no tratamento de Dor Pélvica

Rui Almeida Pinto e Francisco Cruz – investigadores da FMUP e médicos urologistas do Centro Hospitalar São João – conquistaram o galardão na categoria de Investigação Clínica. O estudo premiado permitiu comprovar a eficácia do uso de botox no tratamento de pacientes com Dor Pélvica Crónica – patologia descrita como uma dor ou pressão na zona pélvica em que o tratamento passa, em alguns casos, pela injeção de botox na bexiga como substituto do uso diário de fármacos.

Walter Osswald, Luísa Teixeira Santos e José Castro Lopes na cerimónia de entrega de prémios da Grünenthal

Bolsa para Jovens Investigadores em Dor foi atribuída a Luísa Teixeira Santos, estudante do programa de doutoramento em Farmacologia e Toxicologia Experimentais e Clínicas, lecionado em conjunto pela FMUP, pela Faculdade de Farmácia (FFUP) e pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). A também investigadora do Centro de Investigação Farmacológica e de Inovação Medicamentosa da U.Porto (MedInUP) pretende, no âmbito do seu projeto – que conta com orientação de Teresa Sousa e Dora Pinho, docentes da FMUP –, mudar a abordagem à inflamação da dor neuropática, sendo que o principal objetivo passa por tentar impedir que uma inflamação aguda progrida para uma inflamação crónica e persistente.