No dia 15 de maio, a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U. Porto (FPCEUP) assinalou o IDAHOT — Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia. Antecipando dois dias a data oficial da efeméride, a comunidade académica juntou-se para uma fotografia coletiva nos jardins Faculdade, numa ação de apoio à diversidade e aos direitos das pessoas LGBTQIA+. O encontro marcou também o culminar de uma série de oficinas em que várias pessoas participaram na criação de uma bandeira arco-íris em crochet.

Este ano, o IDAHOT assinala o 35.º aniversário da decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de retirar a homossexualidade da sua lista de doenças ou transtornos mentais, removendo-a do Código Internacional de Doenças. Desde então, a data tornou-se um momento de mobilização internacional na luta contra todas as formas de discriminação com base na orientação sexual, identidade e expressão de género.

A FPCEUP tem vindo a assinalar esta efeméride desde 2018, através de atividades pedagógicas, culturais e de construção comunitária, num esforço para promover um ambiente universitário mais equitativo e inclusivo.

Desafios persistentes no contexto universitário

Apesar dos avanços legais, muitas pessoas LGBTQIA+ continuam a sentir-se inseguras em contextos sociais e académicos. Estudos revelam que uma parte significativa dos/as estudantes universitários/as LGBTQIA+ evita assumir a sua identidade e enfrenta mais frequentemente situações de discriminação e assédio.

A nível institucional, poucas universidades em Portugal dispõem de políticas específicas, ações estruturadas ou visibilidade consistente desta diversidade nos seus espaços e comunicações.

Com cerca de 2.000 estudantes e mais de 130 colaboradores/as, a FPCEUP integra a responsabilidade social no seu plano estratégico, promovendo a inclusão como parte da sua missão académica e científica.

A FPCEUP defende que a promoção da diversidade sexual e de género não deve ser uma ação isolada, mas parte integrante de uma cultura baseada na equidade, dignidade e respeito para todas as pessoas. A celebração do IDAHOT é, assim, não apenas um ato simbólico, mas um passo contínuo rumo a uma Faculdade mais inclusiva.