XVII Jornadas Internacionais de História da Educação, Herança Cultural e Museologia
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Dia 02 de abril, a partir das 13:30, tem lugar no Auditório 2C da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP) as XVII Jornadas Internacionais de História da
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Dia 02 de abril, a partir das 13:30, tem lugar no Auditório 2C da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP) as XVII Jornadas Internacionais de História da Educação, Herança Cultural e Museologia, dedicadas ao tema “A educação em 50 anos de independência”.
Estas Jornadas são organizadas pelo Grupo de Trabalho História da Educação, Herança Cultural e Museologia, em articulação e com o apoio do Programa Doutoral em Ciências da Educação (PDCE), Mestrado em Ciências da Educação (MCED) e Licenciatura em Ciências da Educação (LCED) da FPCEUP.
A participação é gratuita, mediante inscrição prévia, até dia 1 de abril (12:00)
Neste ano de 2025, continuamos a festejar os 50 anos do 25 de Abril. Isto, porque a Revolução foi um processo que começou nessa alvorada de 1974 e se prolongou até à aprovação da Constituição de 1976. Documento fundamental, que além dos direitos individuais consagrou os direitos sociais: acesso privilegiado dos filhos dos trabalhadores à educação e cultura, como forma de combater as desigualdades, direitos à habitação, trabalho, saúde, e proteção de crianças e jovens em risco ou portadores de deficiência. Ao afirmar os direitos sociais como constitucionais tornou-se numa das constituições mais avançadas do mundo ocidental e instrumento fundamental para as liberdades individuais e direitos coletivos, pelos quais, ainda hoje temos necessidade de reivindicar.
O Movimento das Forças Armadas-MFA, apresentou ao país as metas a que se propôs: democratizar, descolonizar e desenvolver. Por esse motivo escolhemos como tema para as XVII Jornadas Vimos estes povos lutar, levando a História na mão. A educação em 50 anos de independências. É que as lutas de libertação e a guerra colonial, que desencadearam, permitiram o contacto dos jovens portugueses com uma realidade profundamente mitificada do colonialismo português transmitida, também, através da escola. Foi essa experiência dolorosa de 13 anos de guerra que levou à Revolução de Abril. “Levar a História na mão” significa transformar a realidade, ser construtores do Futuro atuando no presente, alicerçados num passado que nos constitui como identidade própria. Em 2025 celebramos as independências dos povos africanos do colonialismo português, como parte da nossa libertação de uma ditadura, que a todos e todas aprisionava.
Tendo essa realidade como estrutura condicionante das propostas e das práticas educacionais, o nosso foco é a educação nestes 50 anos de independências: a nossa e a dos países de língua oficial portuguesa, que pouco conhecemos. Apesar do número elevado de estudantes de origem africana e timorense, em todos os ciclos de estudos, que frequentam as nossas escolas e cujos resultados não são estatisticamente satisfatórios, não tomamos consciência coletiva da raíz desta situação e das formas para a superar. Conhecer os avanços obtidos e as dificuldades presentes do nosso sistema educativo e dos jovens que acolhemos, são temas emergentes da História da Educação.
Construtores do Futuro, que começa todos os dias em que construímos os alicerces dos amanhãs que desejamos, com os destroços que nos chegam do Passado, nas suas glórias e tristezas, nos mitos, nos preconceitos, nas cegueiras, que os limites do pensado e do agido impuseram e impõem, e nas luzes trémulas que permitiram ultrapassá-los, ir abrindo novos horizontes, novos conhecimentos. E, entre todos, a consciência de uma Humanidade una na sua multiplicidade. UNA na dignidade dos seres humanos, na igualdade irredutível dos seus direitos. MÚLTIPLA de culturas, fruto de relações e lutas com a Natureza, entre grupos e de um patriarcado, que se foi impondo, subalternizando mulheres, crianças, escravizando outros e de um capitalismo que continua a impor modos de vida miseráveis a muitíssimos, a favor da riqueza de alguns poucos. Tudo isto constitui a herança dos povos, das suas tradições, religião, costumes, modos de vida, de educação, que não podemos ignorar, para analisar, compreender e transformar a educação.
Comissão Organizadora:
Camila Gomes
Carolina Chamusqueiro
Janaína Teles
João Moreira
José Pedro Amorim
Kenia Reis
Julya Passos
Laleh Esteki
Mariana Mazza
Pedro Gonçalves
Renata Vandelli
Comissão Científica:
Anabela Carvalho Amaral
Céu Basto
José Pedro Amorim
Margarida Louro Felgueiras
Maria João Antunes
Maria José Magalhães
Ao participar neste evento, autorizo que a FPCEUP faça a recolha do áudio e/ou da minha imagem em fotografia, vídeo ou outra forma audiovisual. Os dados recolhidos serão utilizados para registo (arquivo) do evento e poderão ser usados para a sua disseminação nos canais de comunicação da FPCEUP e para a produção de material de divulgação da Faculdade.
By participating in this event, I grant permission to the FPCEUP to capture the audio and/or my image in photographs, video, or any other audio visual format. Collected data will be used for archive, for the potential dissemination of the event in FPCEUP’s media channels and for the production of promotional material regarding the Faculty.