Há coincidências felizes. É o caso da que Bruno Costa viveu quando, no passado dia 22 de julho, se “cruzou” com o post no Facebook do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP), a anunciar uma “maré luminescente” junto ao Terminal de Cruzeiros de Leixões. “Por curiosidade, no momento que lia a postagem, deslocava-me no passadiço junto à praia de Vila Chã (Vila do Conde). Enquanto lia, olhava o mar todo manchado de vermelho”, recorda o fotógrafo.
Movido pela curiosidade, regressou mais tarde para captar o fenómeno vulgarmente designado por “maré vermelha”, e que se caracteriza pela elevada concentração de indivíduos da espécie Noctiluca scintillans, particularmente visível durante a noite na rebentação das ondas.
“Mal cheguei com a minha filha e esposa, percebemos que sempre que dávamos um passo no areal, via-se luz a sair debaixo dos pés”. Mas faltava um último toque, deixado à inspiração do fotógrafo. “Porque estava maré-baixa, não havia ondas. Daí termos atirado pedras para a água, porque víamos que ao entrar na água, ela ficava com aquela luz toda”…
O resultado foi mágico e fez sucesso na “onda de partilhas” que invadiu a página do CIIMAR ao longo dos últimos dias. “Para mim, foi novidade ver este fenómeno da natureza incrível, mas já sabia da sua existência. Moro numa aldeia pescatória, onde todos os pescadores sabem da existência desta «ardência» na água. Aliás, segundo eles é sinal de peixe”.
Não se sabe se Bruno Costa teve sorte na pescaria, mas já ganhou uma história para mais tarde recordar… ” Obrigado ao CIIMAR pelo alerta! De outra forma era difícil eu perceber que aquela mancha era plâncton e não poluição!”.
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