Durante três dias, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai “mudar-se” para as instalações do Hospital das Forças Armadas – Polo do Porto (HFAR-PP) para realizar a avaliação de 260 estudantes do 3.º ano do Mestrado Integrado em Medicina.

Entre os dias 16 e 18 de dezembro, os futuros profissionais de saúde vão testar os seus conhecimentos e o modo de atuação através de um método de avaliação que recorre a cenários clínicos objetivos.

Pouco utilizado no nosso país, este método é conhecido a nível internacional como OSCE (Objective Structured Clinical Examination) e permite aferir a competência de forma objetiva, através de observação direta.

“É um teste preciso, objetivo e reprodutível, permitindo avaliar os estudantes e profissionais de saúde de forma uniforme para um vasto leque de competências clínicas”, explica Cristina Granja, coordenadora científica da área de Simulação Médica e professora da FMUP.

Ambiente de consulta testa cenários reais

Assim, cada estudante da Faculdade de Medicina vai ter de passar por um dos 12 gabinetes médicos do Hospital das Forças Armadas – Polo do Porto, onde será confrontado, num ambiente realista, de consulta, com uma de três situações clínicas muito prevalentes, que deverá dominar no nível de Ensino em que se encontra.

De forma a garantir a consistência do grau de exigência do teste, serão envolvidos mais de 30 voluntários treinados por atores profissionais, que apresentarão os “sintomas” que devem permitir ao estudante a realização do diagnóstico.

As “consultas” serão monitorizadas por mais de 30 professores da FMUP, de diferentes áreas de especialidade clínica.

Note-se que o Centro Clínico Universitário D. Pedro V, resultante do acordo de cooperação institucional assinado no passado dia 30 de novembro, entre a FMUP e o Estado-Maior-General das Forças Armadas, pretende abrir portas a uma colaboração recíproca no âmbito das atividades de ensino, investigação e prestação de serviços clínicos em ambulatório e internamento.

Esta parceria “contribuirá para melhor servir as Forças Armadas e a FMUP, nomeadamente nas áreas clínicas da imagiologia, da medicina desportiva, da medicina geral e familiar, da medicina da emergência e das catástrofes e da medicina do viajante, assim como em áreas tecnológicas avançadas, como a telemedicina e a simulação médica”.