A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) inaugura, no dia 5 de maio, a exposição “Existentia”, que reúne uma série de fotografias captadas pelo fotógrafo Pedro Rio nos espaços do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).

O diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, estará presente na cerimónia de inauguração desta exposição, que retrata a atmosfera vivida dentro de um grande hospital e desperta “reflexões profundas e frutuosas sobre a natureza da vida e da morte, do corpo e da mente, da dor e da felicidade humanas”.

“Tenho um imenso gosto que a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, prosseguindo a sua missão de divulgação cultural, possa partilhar o trabalho deste fotógrafo, intensamente assombrado pelo mistério e pela beleza da Anatomia e da Medicina”, refere o diretor.

A exposição, que estará patente até 10 de junho, no Átrio dos Estudantes da FMUP (piso 01 do edifício FMUP/CHUSJ), num espaço recentemente renovado, tem como curador o arquiteto Mário Oliveira Ramos, responsável pela seleção das obras.

“Foi um encanto subtil e discreto, de sombra e de luz, do imaginário e do real, que nos acompanhou e conduziu na escolha das fotografias que Pedro Rio vem registando ao longo de muitos anos no Hospital de São João, e que resultou num belíssimo, emocionante e misterioso conjunto”, explica o arquiteto.

Quanto ao fotógrafo Pedro Rio, acredita que o observador “é capaz de se distanciar do supérfluo e descortinar o essencial”, sem necessidade de descrições ou legendas, como indica a historiadora de arte Diana Loureiro. O seu objetivo é que o visitante da exposição se torne “cúmplice dos seus registos” e que “construa a sua narrativa condicionada pelas suas próprias experiências”.

Entre as fotografias que compõem “Existentia”, podem vislumbrar-se pormenores do corpo humano que atestam a passagem do tempo e as marcas, por vezes incómodas, deixadas pela doença ou pela sua cura, em jogos de luz e transparências que procuram “captar a essência, algo de intangível e oculto”.

De acordo com Maria do Carmo Séren, crítica de arte e fotografia, “o que diferencia esta série do hospital é a pulsão emotiva, é o olhar do que está fora, o olhar de quem espera e tenta compreender”.

Sobre Pedro Rio

Natural do distrito do Porto, Pedro Rio tem vasta experiência como fotógrafo, tendo trabalhado como freelancer e colaborado com diferentes instituições.

Realizou várias exposições, incluindo uma coletiva no Panóptico do Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa.