Clara Monteiro, do Departamento de Biologia Experimental da FMUP, é a autora principal do estudo premiado.

A Fundação Grünenthal distinguiu um trabalho de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Instituto de Biologia Molecular e Celular (FMUP/IBMC) com o Prémio Grünenthal Dor – Investigação Básica, no valor de 7.500 euros. Intitulado “Hipoalgesia congénita provoca diminuição da ansiedade e melhoria da aprendizagem”, o trabalho premiado é da autoria de Clara Monteiro, Hélder Cruz, Mariana Matos, Margarida Dourado, Deolinda Lima e Vasco Galhardo.

Esta investigação teve como objetivo avaliar as alterações de comportamento que se observam num modelo animal que possui um limiar elevado de perceção dolorosa que o torna muito semelhante a algumas doenças humanas de insensibilidade dolorosa. “Com esta investigação descobrimos que uma experiência de vida com reduzidos níveis de dor pode ter efeitos comportamentais benéficos”, explica Clara Monteiro, investigadora principal do estudo, acrescentando que “no futuro este estudo poderá contribuir para uma melhor compreensão dos efeitos das patologias dolorosas sobre o equilíbrio funcional do cérebro”.

O Júri do Prémio Grünenthal Dor 2012 foi constituído por sete elementos: um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades médicas da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento.