Jorge Félix Cardoso participou na Assembleia Mundial de Saúde, em Geneva.

O desenvolvimento profissional e pessoal dos estudantes vai muito além do que acontece dentro da sala de aula. Atenta à questão, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) tem apoiado, de várias formas, estudantes do Mestrado Integrado em Medicina que procuram integrar projetos e iniciativas diferenciadoras. O objetivo, além de estimular a sua visão crítica, passa por potenciar o seu desenvolvimento no âmbito daquilo que é hoje a terceira missão das instituições de Ensino Superior.

“Participar numa Assembleia Mundial de Saúde é uma experiência transformadora para qualquer profissional de saúde, e ainda mais para um jovem”, explica Jorge Félix Cardoso que, com o apoio da FMUP, teve oportunidade de marcar presença na 71ª edição da iniciativa. Quando partiu para Geneva para participar num dos maiores eventos promovidos pela Organização Mundial de Saúde, o estudante da FMUP afirma que as expectativas estavam elevadas pois: “Tratava-se de uma oportunidade de conhecer, de perto, temas e problemáticas como o acesso universal à saúde, as resistências antimicrobianas ou as doenças não transmissíveis. Integrei um espaço onde se escolhem e debatem os temas que marcam a agenda da saúde global e no qual estão presentes ministros, secretários de estado, diplomatas e académicos de renome mundial.”, acrescenta.

Durante a OTTAWA, Ana Rita Ramalho teve oportunidade de participar em duas apresentações

Na vertente académica, Ana Rita Ramalho, finalista do Mestrado Integrado em Medicina da FMUP, marcou presença na OTTAWA Conference 2018 – um dos maiores encontros de Educação Médica do mundo. Durante o evento, que decorreu em Abu Dhabi, Ana Rita foi primeira autora de duas apresentações – um póster e uma apresentação oral –, ambas referentes ao projeto desenvolvido no âmbito da reforma curricular e inovação pedagógica das Unidades Curriculares Optativas da FMUP . “Este tipo de iniciativa pretende criar um fórum de discussão onde profissionais partilham boas práticas no âmbito da avaliação de competências. Ter a oportunidade de, também eu, tomar parte ativa neste debate, foi uma mais valia não só para a minha formação pessoal, mas, também, para o aperfeiçoamento do projeto que desenvolvi. “, explica a estudante da FMUP.

Maria Portero participou numa competição onde o objetivo passa exercitar a visão crítica dos participantes e o trabalho em equipa

Maria Portero, também estudante da FMUP, “fugiu” quer à saúde, quer à academia e integrou uma equipa multidisciplinar Universidade do Porto na Global Student Challenge 2018, uma das maiores competições do mundo nas áreas de Gestão e Finanças de Supply Chain (Cadeia de Abastecimento). Durante a competição – que decorreu em Zwolle, Holanda, e na qual conquistaram dois galardões – os estudantes foram desafiados a resolver problemas de uma empresa em concreto tendo como base um simulador. “É uma forma de exercitar os nossos pensamentos e visão crítica dos desafios que nos aparecem no dia-a-dia. Hoje, qualquer profissional, seja qual for a área, pode ser confrontado com situações transversais a várias áreas do saber.”, explica Maria Portero.

A respeito dos apoios providenciados pela FMUP aos seus estudantes, Maria Amélia Ferreira, diretora da instituição, explica que a missão da faculdade vai “muito além de criar médicos e que passa, principalmente, por transformar pessoas”. “A vertente clínica não é a única opção para um estudante medicina. Queremos, por isso, incentivar o desenvolvimento de projetos diferenciadores no âmbito da Missão da FMUP e estamos sempre dispostos a ouvir ideias e a apoiar os projetos mais ambiciosos”, explica a diretora da FMUP.