No próximo dia 16 de junho, às 18h00, no Palacete da Fundação Marques da Silva, serão abordadas Perspetivas sobre o viver urbano. Trata-se do primeiro encontro a ter por pano de fundo a exposição O Desenho da Vida na obra de Manuel Marques de Aguiar, patente desde o passado dia 24 de abril, na Casa-Atelier José Marques da Silva.

David Leite Viana, o curador da exposição, e Sofia Aguiar, arquiteta e filha de Manuel Marques de Aguiar, serão os moderadores deste encontro que contará com a participação de Manuel Correia Fernandes, arquiteto e professor aposentado da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP). Ao seu lado terá Teresa Marat-Mendes, professora do departamento de arquitetura e urbanismo do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, e o engenheiro José António Lameiras.

Ao longo desta conversa, o percurso profissional de Manuel Marques de Aguiar – cujo arquivo foi doado à Fundação Marques da Silva – servirá de ponto de partida para uma análise sobre a construção de vivências coletivas em espaços urbanos e sobre o papel que a arquitetura e o urbanismo desempenham nessa construção.

A entrada é livre, ainda que limitada à lotação máxima do espaço (30 lugares) e sujeita a inscrição prévia através do e-mail [email protected].

À descoberta de Manuel Marques Aguiar

Abrangendo um arco temporal com início na década de 1950 e que se prolonga até aos primeiros anos do século XXI, “O Desenho da Vida na obra de Manuel Marques de Aguiar” trata-se da primeira exposição realizada após a doação do acervo do arquiteto portuense à Fundação Marques da Silva.

Manuel Marques de Aguiar diplomou-se em urbanismo pelo Institut d’Urbanisme de Paris, em 1954, (três bien) e em arquitetura pela Escola de Belas Artes do Porto – precursora da FAUP e da Faculdade de Belas Artes (FBAUP) da Universidade do Porto, em 1955, com 20 valores.

Dividida em diferentes núcleos temáticos, a exposição oferece-lhe “desenhos de vivências, de momentos do quotidiano, de um olhar sobre o dia-a-dia nessa relação, nesse diálogo entre o corpo e o espaço”, apresenta David Leite Viana, arquiteto e curador da exposição.

“O desenho, em Manuel Marques de Aguiar, era uma ferramenta de aprendizagem”, uma forma de melhor “compreender o mundo”, uma prática que, por si, “já obriga a um exercício de síntese”, conclui.