Nem sempre quis ser médico. Mas, quando as dúvidas se esfumaram, Filipe Pinto rapidamente descobriu qual seria a escolha “mais que certa” para o seu futuro. A FMUP [Faculdade de Medicina da Universidade do Porto)  de imediato me cativou pelo seu nome, oferta e património e considero que nenhum outro local seria o ideal para mim”, confessa este portuense de 19 anos, que cumpre, desde o ano letivo passado, o “sonho” de frequentar o Mestrado Integrado em Medicina da FMUP.

Do primeiro ano do curso, Filipe destaca as “memórias inesquecíveis”, mas, sobretudo, a “viagem de crescimento pessoal” que teve de percorrer. “O que mais me impressionou foi a forma como me surpreendi a mim mesmo. Sempre me vi como uma pessoa de extremos, de «tudo ou nada», e, como tal, um dos meus maiores receios previamente a começar o ensino superior era sucumbir perante a carga de trabalho, especialmente num curso como Medicina que descrevem como «exigente e árduo»”.

Os resultados falam por si. Com uma média final de 17,25 valores no 1.º ano do curso, Filipe Pinto será um dos 21 estudantes da U.Porto que vão ser distinguidos com o Prémio Incentivo 2021. Um galardão que, para o futuro cirurgião, representa “uma honra incalculável” e “uma grande peça na superação das minhas próprias inseguranças”.

– O que te motivou a escolher a U.Porto? 

Após alguns anos de incerteza relativamente ao curso superior em que gostaria de ingressar, a escolha tornou-se mais que certa com Medicina, e com esta, também a escolha da instituição onde iria realizar o meu sonho. A FMUP logo de imediato me cativou pelo seu nome, oferta e património e considero que nenhum outro local seria o ideal para mim!

– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade? 

O que mais me impressionou no primeiro ano foi a forma como me surpreendi a mim mesmo no decurso da transição entre a vida do secundário e a vida universitária e a minha adaptação à mesma. Sempre me vi como uma pessoa de extremos, de “tudo ou nada”, e, como tal, um dos meus maiores receios previamente a começar o ensino superior era sucumbir perante a carga de trabalho, especialmente num curso como Medicina que descrevem como “exigente e árduo”. Para meu enorme espanto, dei por mim a dar os primeiros passos numa jornada de busca pelo meu equilíbrio interno, despoletada precisamente pela entrada na universidade. É certo que foi preciso um esforço considerável para acompanhar todas as matérias mas este foi harmoniosamente contrabalançado pelo quão enriquecedor e deslumbrante foi (e continua a ser) para mim aquilo que estava a aprender, especialmente Anatomia, e o quão comoventes e inspiradoras foram as relações que forjei com colegas (alguns que após instantes parecia ter conhecido toda a minha vida) e também docentes e as memórias inesquecíveis que levo comigo. 

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade? 

A mudança que gostaria de testemunhar é uma que precisa de ser acompanhada da vitória pela qual estamos todos a lutar a nível mundial neste momento. Anseio por uma altura em que volte a ser possível realizar as mais variadas formas de intercâmbio entre destinos variados e que daí venha um sentimento de solidariedade e entreajuda, tão cruciais para o mundo neste momento. Nesse sentido, espero da universidade a porta para essas diversas oportunidades.

Qual a importância do Prémio Incentivo para ti? 

Este Prémio Incentivo é, para mim, uma honra incalculável, uma grande peça na minha viagem de crescimento pessoal e superação das minhas próprias inseguranças. Considero que depois de muitos anos de trabalho começo a ser capaz de realmente orgulhar-me das minhas conquistas e com humildade e confiança acreditar plenamente em mim próprio. 

– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos? 

Tendo em mente que nos restantes quatro anos do curso de Medicina a minha perspetiva poderá mudar com as minhas experiências, estou aberto a diferentes possibilidades. Contudo, na minha visão atual, ambiciono prosseguir uma especialidade cirúrgica e desenvolvê-la no estrangeiro, em países como a Dinamarca ou o Canadá e expandir os meus horizontes. 

– Se tivesses de descrever a U.Porto numa palavra, qual seria? 

Resiliência. No contexto exigente e desafiador em que todos vivemos, julgo que o esforço e dedicação de todos, estudantes, docentes, toda a comunidade académica, perante o que parece ser um caos desconcertante foi e tem continuamente sido extraordinário e louvável e permitiu uma aprendizagem e avaliação mais normais dentro do possível.