Realizado entre os dias 13 e 17 de julho, o curso de formação contínua “Plantas Medicinais – Desafios e Oportunidades” revelou-se um desafio e uma experiência bem-sucedida. Sendo o primeiro curso de formação realizado na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) desde o eclodir da pandemia e após a reabertura parcial das instalações, a organização, a cargo de Paula Andrade – docente e responsável do Laboratório de Farmacognosia da FFUP – concebeu um programa misto, conjugando aulas teóricas à distância com práticas laboratoriais em regime presencial.

O curso foi apoiado pela Vice-Reitora da U.Porto para a Formação, Organização Académica e Cooperação, Maria de Lurdes Correia Fernandes, que não só disponibilizou a formação para os estudantes que integram a EUGLOH (European University for Global Health), como se deslocou à FFUP para dar o seu apoio presencial aos formandos e respetivos formadores.

O Diretor da FFUP, Domingos Ferreira, também passou pelo Laboratório de Farmacognosia da FFUP para saudar os participantes, assim como para disponibilizar o apoio necessário para que se garantissem as condições de segurança.

Apesar dos constrangimentos atuais, o curso reuniu 19 formandos de sete nacionalidades (Portugal, Angola, Brasil, França, Hungria, Irão e Itália) provenientes de várias instituições portuguesas (FFUP, FCUP, FMUP, UTAD, i3S, IPB, U.Católica) e estrangeiras (Universidade de Szeged – Hungria, Universidade Paris-Saclay – França, e Ministério da Saúde de Angola – Delegação de Namibe).

O curso contou com o apoio da Vice-Reitora da U.Porto para a Formação, Organização Académica e Cooperação, Maria de Lurdes Correia Fernandes (à esq.ª, na foto). (Foto: FFUP)

Aposta na inovação científica

As práticas laboratoriais, uma das componentes fundamentais do curso, surpreenderam os participantes pela forma como complementaram as sessões teóricas. Na opinião de Myriam El Moutaoukil, estudante francesa, o curso foi “intenso”, mas com um programa muito completo, o que lhe permitiu “aprender muito, nomeadamente ao nível das culturas celulares”.

O caráter inovador de algumas soluções apresentadas contribuiu até para “suscitar novas ideias de investigação”, como foi o caso de Réka Szabó, estudante húngara. Já para Bárbara Lopes, estudante de mestrado na FFUP, o curso permitiu “obter novas ideias sobre pesquisa e aprender novos ensaios” aplicáveis à sua linha de pesquisa.

De uma forma geral, os participantes elogiaram a organização do curso, a excelência científica dos formadores, a qualidade das palestras teóricas e o trabalho realizado pelo Laboratório de Farmacognosia da FFUP.

Miora Rakotoarisoa, estudante de doutoramento francesa, resumiu o espírito do curso ao afirmar que a experiência permitiu não apenas “a partilha científica, mas também conhecer outras culturas, fazer novos amigos e visitar o Porto. Maravilhoso e inesquecível!”