O CEO da NILG.AI e alumnus do Doutoramento em Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Kelwin Fernandes, foi um dos convidados para o AI Action Summit, o evento organizado pelo governo francês para discutir e influenciar as políticas globais de Inteligência Artificial (IA), que se realizou nos dias 10 e 11 de fevereiro, em Paris, França.
A cimeira da capital francesa trouxe à mesa o potencial da tecnologia, novas abordagens regulatórias e o impacto geopolítico do setor, e é esse o foco do trabalho de Kelwin Fernandes, cuja startup se dedica a ajudar empresas a melhorar os seus processos de decisão e eficiência através da Inteligência Artificial, contando com recursos online dedicados que são partilhados através de um podcast, um blog, cursos, e um canal de Youtube.
Para o alumnus da FEUP, a presença nesta cimeira resulta de um trabalho muito focado nas plataformas digitais. “Diria que foi pela exposição que temos conseguido através do nosso canal de YouTube, redes sociais, prémios, presença em feiras e eventos, etc. Este ano estamos mesmo em todo lado. Esta semana estivemos no AI Action Summit, World AI Cannes Festival, tivemos sete artigos de jornais nos últimos sete dias. Para a semana estaremos em seis momentos, entre eventos, lives e podcasts. Por isso diria que é o impacto composto do outreach que temos feito”.
O CEO da NILG.AI acredita que a principal ilação a retirar deste evento é a de que a Europa assumiu um compromisso com a importância da Inteligência Artificial para o futuro. “A Europa está a reagir, reconhece que tem estado a regular em demasia as suas indústrias e que nos temos estado a posicionar como consumidores e reguladores de produtos que não estamos a produzir. A cimeira foi uma wake-up call e um compromisso à ação. A França posicionou-se como o líder europeu a nível horizontal de IA, nomeadamente com empresas como a Mistral, tendo aproveitando a sua infraestrutura, energia nuclear, entre outras. Portugal não deve seguir o caminho de tentar liderar na horizontal, pois o nosso tecido empresarial é muito fragmentado e não dispomos da massa crítica para o fazer. Na minha opinião, o nosso foco deve estar em sermos líderes em IA em verticais estratégicas para nós”.
Esta edição do Artificial Intelligence Action Summit juntou decisores políticos e executivos de topo para discutir o futuro da inteligência artificial (IA). Organizado pelo Presidente francês Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o encontro contou com nomes como Sam Altman (OpenAI), Dario Amodei (Anthropic) e Demis Hassabis (DeepMind).
Kelwin Fernandes no AI Action Summit. FOTO: LinkedIn Business France Portugal.
Incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), a empresa do alumnus FEUP foi recentemente distinguida como Data Changemaker of the Year no DSPA Insights 2024, graças a um projeto de Inteligência Artificial criado para otimizar a recolha e gestão de resíduos urbanos no Algarve.
Também foi escolhida pela Microsoft para integrar o Programa Global de Educação, numa iniciativa que conecta dez criadores de conteúdo online internacionais, nos quais está incluído o CEO da NILG.AI, a uma comunidade que pretende expandir o acesso à educação em Inteligência Artificial, com o objetivo de partilhar conhecimento sobre o tema à escala global.
