A décima edição do Prémio APREN, iniciativa da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), distinguiu duas dissertações de mestrado sobre temáticas relacionadas com eletricidade de origem renovável, sendo uma delas da autoria de um antigo estudante de mestrado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Intitulada “desenvolvimento e validação de um sistema articulado inovador para a conversão da energia das ondas em estruturas costeiras”, a dissertação de mestrado em Engenharia do Ambiente do alumnus Giovanni Albarello Martins valeu-lhe um prémio de dois mil euros, equivalente ao segundo prémio atribuído pela APREN.
O trabalho premiado de Giovanni Martins pretende contribuir para o desenvolvimento das energias renováveis, especificamente com informações valiosas sobre o potencial de conversão da energia das ondas em quebra-mares utilizando dispositivos de sistemas articulados, que consiste num corpo flutuante fixado a um quebra-mar por meio de um braço articulado. O movimento de subida e descida promovido pelas ondas faz com que o flutuador se mova para cima e para baixo. Esse movimento é então utilizado para gerar eletricidade limpa através de um sistema de power take-off.
Para o alumnus FEUP, esta distinção é partilhada com todos aqueles que estão a estudar as melhores formas de potenciar as energias renováveis. “Este reconhecimento deixa-me verdadeiramente feliz, pois realça a qualidade deste trabalho e mantém-me motivado para continuar a trabalhar em prol de soluções energéticas mais limpas e mais sustentáveis! Um brinde a todos os outros estudantes que também estão a contribuir para o desenvolvimento do cenário das energias renováveis!”.
A outra dissertação distinguida pertence a Maria Inês Monteiro, da Universidade do Minho, com a tese “novos elétrodos para baterias de ião de lítio com propriedades ‘thermal shutdown’”, valendo-lhe um prémio de quatro mil euros.
Prémio APREN a distinguir trabalhos na área das energias renováveis desde 2015
Os prémios foram entregues por Jorge Vasconcelos, Presidente do Júri do Prémio APREN, no passado dia 11 de abril, na Culturgest, em Lisboa. De forma a dar mais destaque aos trabalhos entregues e a promover a interação e o diálogo entre os representantes do setor presentes e os candidatos, o evento contou com uma exposição de todas as teses, que esteve disponível para visita no Foyer da Culturgest.
O júri do Prémio APREN contou este ano com o maior leque de especialistas de sempre: Jorge Vasconcelos, da NEWES (Presidente do Júri); Bernardo Silva, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Lígia Pinto, da Universidade do Minho; Margarita Robaina, da Universidade de Aveiro; Miguel Centeno Brito, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Mónica Meireles, do Instituto Universitário de Lisboa; Nuno Souza e Silva, do R&D Nester; Patrícia Fortes, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa; Paulo Partidário, da Direção-Geral de Energia e Geologia; Pedro Carvalho, IST do Instituto Superior Técnico; Pedro Horta, da Universidade de Évora; e Sofia Simões, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.
Desde 2015 que a APREN distingue as melhores dissertações de mestrado e doutoramento sobre a temática da eletricidade de origem renovável, realizadas em instituições de ensino superior de Portugal.