A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) acolheu, entre os dias 4 e 7 de julho, a  3.ª edição da hackathon “Digital Media in Health Communication and Literacy”, inserida no âmbito da European University Alliance for Global Health (EUGLOH).

À semelhança das anteriores edições, esta atividade proporcionou a estudantes de oito nacionalidades distintas, provenientes de quatro das cinco universidades parceiras da EUGLOH, uma experiência imersiva direcionada para a conceção de projetos assentes nos media digitais e na sua aplicação para a resolução de problemas relacionados com o setor da saúde.

Na sequência de uma parceria estabelecida com profissionais de saúde da Unidade de Saúde Familiar da Lagoa, em Matosinhos, o desafio deste ano centrou-se na procura de soluções capazes de contribuir para a diminuição da incidência de obesidade e excesso de peso, bem como dos problemas de saúde subsequentes.

Ao longo de cinco dias, os estudantes puderam interagir com um leque de mentores e especialistas do ecossistema EUGLOH, que acompanharam as equipas no desenvolvimento dos projetos e cumprimento dos objetivos traçados para a atividade. Em paralelo, experienciaram ainda metodologias como o design-thinking, lean start-up e open innovation, com enfoque na criação de materiais de comunicação e literacia para a saúde.

O evento culminou com a apresentação de três projetos em formato de elevator pitch, a um painel de jurados que avaliou as ideias e soluções propostas pelos estudantes. Contudo, o trabalho não ficou por aí.

Nas duas semanas seguintes, os estudantes tiveram ainda a oportunidade de participar na implementação das ideias desenvolvidas durante o hackaton, através de um grupo de mentores e dos profissionais de saúde que colaboraram nesta edição da atividade.

(Foto: DR)

Um exemplo dentro da EUGLOH

A atividade de formação “Digital Media in Health Communication and Literacy” foi apresentada na Cimeira Anual da Aliança EUGLOH, realizada na Universidade de Paris-Saclay (França) entre os dias 15 e 17 de junho, como exemplo de boas práticas ao nível da cocriação de atividades no âmbito do grupo de trabalho liderado pela U.Porto, dedicado ao desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes.

De entre as inúmeras atividades de formação desenvolvidas neste grupo de trabalho, a escolha recaiu sobre esta “maratona” de programação, pela sua originalidade, interdisciplinaridade, elevado grau de inovação pedagógica e potencial de valorização.

Ao longo das três edições já realizadas (2020, 2021 e 2022), esta atividade de formação intensiva possibilitou a todos os participantes a aquisição de competências como o trabalho colaborativo em equipas multidisciplinares e multiculturais, a criatividade e a aprendizagem baseada em desafios.

No total, as três edições da hackathon contaram com a participação de 43 estudantes das universidades parceiras da EUGLOH, de 20 nacionalidades distintas.

Formação inovadora em empreendedorismo e finanças

Também no âmbito da European University Alliance for Global Health (EUGLOH), a Faculdade de Economia da U.Porto (FEP) foi palco, entre os dias 30 de maio e 3 de junho, de uma formação sobre “Entrepreneurial Finance, Venture Capital and Private Equity”.

Assente em metodologias de ensino e aprendizagem inovadoras e numa abordagem prática, esta atividade desafiou 23 estudantes de 12 nacionalidades de quatro das Universidades “aliadas” a contactar com a realidade das empresas e fundos de investimento.

Durante cinco sessões, os participantes tiveram a oportunidade de adquirir e desenvolver os seus conhecimentos técnicos relativos aos fundos de Private Equity & Venture Capital (PE&VC) e explorar o funcionamento destes instrumentos financeiros a partir de três pontos de vista: o do investidor, o das empresas e dos fundos PE&VC, e o das empresas-alvo deste tipo de financiamento.

Formação procurou “equipar” entusiastas do mundo dos negócios com ferramentas indispensáveis para a futura interação com esta categoria de investidores. (Foto: DR)

De acordo com os resultados do inquérito de satisfação realizado aos estudantes que completaram a formação (creditada em 3 ECTS), nove em cada dez recomendariam o curso, elogiando a pertinência dos conteúdos e das metodologias aplicadas, a sua potencial utilidade para o seu futuro e a importância da interação que tiveram com colegas de percursos académicos heterogéneos.

Para além do “ambiente em sala de aula”, os estudantes valorizaram as visitas culturais, as experiências imersivas práticas e os momentos de “networking”.

Finalmente, o elevado nível de satisfação com o apoio prestado, reportado pelos participantes, demonstrou ainda a qualidade do apoio e acolhimento prestados, pela U.Porto e o valor acrescentado das oportunidades de formação em modo presencial.