Diogo Ferreira, doutorado em Biodiversidade, Genética e Evolução na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), é o grande vencedor da edição deste ano da U.Porto 3MT® (Three Minute Thesis).
A final da competição, que, ao longo dos últimos meses, pôs à prova as capacidades de comunicação dos estudantes de doutoramento da U.Porto, decorreu no Salão Nobre da Reitoria no dia 17 de maio.
À semelhança das edições anteriores, os 20 finalistas deste ano foram desafiados a resumir oralmente os resultados das suas investigações em apenas três minutos, e com a ajuda de um único diapositivo.
No final, a escolha do júri – composto por Sónia Valente Rodrigues (Pró-Reitora da U.Porto), Patrícia Teixeira Lopes (Vice Dean da Porto Business School), – Teresa Firmino (jornalista do jornal Público), Alexandre Quintanilha (Professor Catedrático jubilado do ICBAS) e Luís Filipe Reis (CEO da Universo by Sonae) – recaiu então sobre a apresentação de Chocolate bats: Promoting sustainable cacao through bat ecosystem services, título do projeto de doutoramento de Diogo Ferreira, que assim recebeu o correspondente prémio monetário de 2.000 euros.

Foto: Egídio Santos/U.Porto
Uma mais-valia para o futuro
Apaixonado por morcegos há 10 anos, o jovem investigador não pensou duas vezes quando surgiu uma oportunidade de liderar uma equipa de investigação para um trabalho de campo nos Camarões, com aqueles animais. Em 2018, candidatou-se a uma bolsa de doutoramento na Fundação para a Ciência e Tecnologia e começou uma aventura que terminou em fevereiro deste ano com a defesa da tese na FCUP.
“Apesar de eu ter apresentado o meu trabalho na primeira pessoa e ser o meu doutoramento, a verdade é que todo este trabalho só foi possível graças a uma equipa magnífica que esteve sempre lá para mim. Sem eles e elas eu não teria sequer tido a oportunidade de ter apresentado o meu trabalho no 3MT. A ciência nunca se faz sozinha”, começa por destacar o vencedor da U.Porto 3MT 2024.
Foi, de resto, o gosto de “comunicar o que faço dentro da ciência ao público em geral”, aliado à vontade de “mudar perceções” sobre a “má fama” dos morcegos e ao facto de “acreditar que enquanto cientistas é a nossa obrigação tornar a ciência acessível à sociedade civil”, que levou Diogo a participar no concurso, um ano depois de ter falhado a presença na final por estar em trabalho de campo.
E se o formato da competição já “parecia bastante desafiante e divertido”, a conquista do primeiro prémio acabou por ser a cereja no topo do bolo. “Ganhar é sempre bom, não vou mentir. Mas eu gosto de dizer a mim mesmo que é a jornada não o final dela que é importante, para que o meu cérebro não torne toda a experiência sobre o resultado final. Mas como é lógico fiquei mega feliz!”, destaca o “Batman” da FCUP, sobre uma vitória que encara como “uma mais-valia para o futuro”.