Tomás, 21 anos, pratica voleibol desde tenra idade e joga na posição de distribuidor na equipa sénior do Castêlo da Maia Ginásio Clube, que está na 1ª divisão do Campeonato Nacional de Voleibol. O número 6 da equipa concilia o voleibol profissional com a vida de estudante e ainda com o voleibol universitário.
Frequenta o 3º ano da Licenciatura em Ciência de Computadores, sonha com o título nacional da 1ª divisão e ambiciona chegar longe juntando a computação ao seu amor pelo voleibol.
No Dia Nacional do Estudante, assinalado a 24 de março, damos a conhecer percursos e histórias de estudantes da FCUP, diferentes realidades e perspetivas.
Porque decidiste estudar na FCUP? E o que motivou a escolha do teu curso?
Foi sempre um curso que me interessou bastante. O curso de Ciência de Computadores pareceu-me interessante e abrangente dentro das áreas que mais gostava e foi isso que me fez decidir.
Como é que o voleibol surgiu na tua vida?
Pratico voleibol desde os 3 anos no Castêlo da Maia Ginásio Clube. O meu irmão, o meu pai e o meu tio também jogaram voleibol e passaram-me esta paixão. Tenho o privilégio de jogar na equipa sénior, na 1ª divisão do campeonato. Treino todos os dias. Tenho jogos aos fins de semana, num horário muito preenchido e tento conciliar com a faculdade. Nem sempre é como quero, mas tento sempre tirar partido de tudo.
Como concilias a tua vida académica com o desporto?
Tento sempre planear da melhor maneira. Nem sempre é fácil porque os treinos são a partir do final da tarde e até à noite. Por vezes janto às onze da noite e só depois de jantar é que consigo tirar uma ou duas horas para estudar. Tenho de estar o mais atento possível nas aulas, para não ter de estudar ao final do dia.
Notaste muita diferença ao conciliar aulas e desporto do ensino secundário para a faculdade?
Sim, foi um choque absurdo no 1º semestre do 1º ano. Pensei, na altura, que dava para conciliar e que podia faltar a algumas aulas teóricas. Foi um choque quando começaram a aparecer as primeiras notas e quando vi que afinal não era tão fácil como estava à espera. Vi que tinha de estudar mais fora das aulas do que no ensino secundário. Mas dá para conciliar.
Quais são os teus ídolos na área do desporto?
O meu irmão, que também já jogou voleibol. Foi sempre um exemplo para mim. Já tive o privilégio de jogar com grandes jogadores a nível do voleibol, como o Bernardo Martins, para quem olhei sempre como um exemplo. Este ano estou a jogar com grandes nomes do voleibol, como o André Marques e o Fred Santos, que têm uma carreira já consolidada.
Como é que o desporto contribui para o teu desempenho académico e pessoal?
Em exames e testes já estou mais habituado porque sinto todas as semanas o stress de ir a jogo. Ajuda-me até mesmo a lidar com a desilusão e com a frustração se algo não corre bem. Se não tivesse o voleibol, acho que também não conseguiria organizar tão bem o meu tempo. Puxa mais por mim.
Este ano sou coordenador do departamento desportivo da Associação de Estudantes. Eu e outro colega estamos encarregues de organizar as equipas, acompanhar os jogos e preparar equipamentos.
Entrei para a AEFCUP no meu 2º ano a partir da equipa de voleibol. Há dias em que tenho jogos de voleibol universitário e em que saio daqui a correr todo equipado para um treino do meu clube [risos]. É cansativo, mas tento aproveitar tudo ao máximo.

Foto: Castêlo da Maia Ginásio Clube
Quais são os teus objetivos para o futuro?
Quero terminar o meu curso e continuar a conciliar o trabalho na área de Ciência de Computadores com a prática desportiva. Gostava de continuar com o voleibol. É um amor que tenho e não vejo a minha vida sem ele.
Quais as tuas ambições no voleibol?
Ainda há pouco tempo concretizei um sonho, que foi jogar uma meia final da Taça de Portugal. São jogos grandiosos e com imenso público e este ano tive o privilégio de jogar um. Gostaria de disputar um título a nível de campeonato sénior de 1ª divisão.
Para ti, ser estudante da FCUP é…
Um privilégio!