A startup portuguesa Inductiva, dos alumni da Faculdade de Ciências, Clara Gonçalves e Luís Sarmento, acaba de conquistar um financiamento de 2,25 milhões de euros. Esta empresa fundada em 2021 está a desenvolver uma plataforma computacional que ajuda empresas e laboratórios científicos a simular, prever e otimizar processos físicos em vários domínios da ciência e da engenharia.

“Esta injeção de capital representa um marco importante para a Inductiva, startup fundada em 2021, e traduz a forte confiança dos investidores na sua visão e potencial de mercado, que se espera que cresça a nível global, à medida que cada vez mais indústrias adotem métodos computacionais em larga escala nos seus processos de Transformação Digital”, pode ler-se num comunicado da Inductiva.

O financiamento teve origem numa ronda seed liderada pela Iberis Capital, empresa portuguesa de private equity e venture capital reconhecida por apoiar projetos tecnológicos transformadores. A Iberis Capital foi acompanhada por outros investidores que se destacam no mercado nacional, incluindo a Shilling, a principal VC portuguesa em rondas early-stage e 6 angel investors – Maria João Souto, João Penedones, Terry Huang, Ryan MacDonald, Ralf Herbrich e João Barros – líderes em diferentes áreas da investigação, empreendedorismo e big techs como a Microsoft, Google, Zalando, Amazon, entre outras.

A Inductiva fornece uma API em Python que permite executar simulações em escala on-premise e na cloud com o máximo de simplicidade. O valor conquistado nesta ronda será aplicado “no processo de inovação, alargando a “oferta de funcionalidades computacionais para engenheiros e cientistas e expandindo a base de clientes entre startups, laboratórios científicos e grandes empresas industriais”.

Este investimento ocorre num momento em que indústrias como a farmacêutica, o design de novos materiais, as energias renováveis – entre outras linhas de ação globais orientadas para a mitigação das alterações climáticas – recorrem cada vez mais a ferramentas de simulação. A missão desta empresa é assim democratizar a próxima etapa de avanços científicos e tecnológicos, proporcionando acesso a uma plataforma computacional fácil de usar e acessível que permita a cientistas, engenheiros e empresas simular, prever e otimizar “All Things in Nature”.

Com o fecho bem-sucedido da ronda seed, a Inductiva está preparada para entrar na próxima fase de expansão, com o objetivo de ser a líder global no setor de IA e Simulação.

Para além de Clara Gonçalves, licenciada em Engenharia Agronómica e Luís Sarmento, doutorado em Ciência de Computadores (e também alumnus da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP)), integram também a equipa fundadora Hugo Penedones, alumnus da FEUP.

Sobre a Inductiva Research Labs

Fundada em janeiro de 2021 e sediada em Portugal, tem como principal missão é democratizar o acesso a ferramentas de simulação em larga escala em vários domínios científicos, incluindo dinâmica de fluidos, dinâmica molecular, mecânica estrutural, sistemas quânticos, entre outros. A Inductiva fornece uma API Python, fácil de usar e sem pré-configuração, para realizar simulações suportadas por ferramentas de código aberto, tanto localmente como na cloud. Ao remover barreiras técnicas inerentes às atuais ferramentas computacionais, a Inductiva permite que os cientistas, os engenheiros e as empresas acelerem o desenvolvimento de soluções eficientes em várias áreas industrias. Dentro do ecossistema de inovação ligado à Universidade do Porto, destaque para a atribuição da chancela spin-off da FEUP à Inductiva, muito recentemente.