Pedro Teles, 45 anos, é professor do Departamento de Física e Astronomia desde março de 2020. Com um percurso académico iniciado na Faculdade de Ciências, regressou a “casa”, depois de uma temporada em Lisboa, para reforçar e alavancar na FCUP uma área que considera fundamental: a Física Médica.

Departamento

Física e Astronomia

Há quanto tempo trabalha na FCUP?

A partir de março de 2020.

Como é o seu dia-a-dia na FCUP?

Sobretudo a tratar de assuntos ligados ao mestrado em Física Médica, do qual eu sou diretor. Passa muito por apoiar estudantes que estou a orientar, pela escrita de artigos e de projetos, pela divulgação do curso e, claro, por dar aulas.

Tenho estado ocupado com a divulgação desse mestrado junto dos alunos das várias licenciaturas, porque muitos deles não sabem o que é a Física Médica. É a Física aplicada à Medicina e então tem um aspeto prático e grau de satisfação diferente de outras áreas: sentimos que estamos a melhorar, por exemplo, técnicas de diagnóstico de doenças oncológicas. Tem, por isso, um impacto na sociedade e na vida das pessoas e foi por essa razão que segui este caminho.

Quais são os maiores desafios no seu trabalho?

Os meus alunos. Por inerência do trabalho que agora faço, tenho de os ajudar e a minha prioridade é ajudá-los a encontrar o caminho deles: seja no mercado de trabalho ou na investigação.

Outro grande desafio tem a ver com a criação de um doutoramento em Física Médica. Estou a criar uma massa crítica para que esta área possa funcionar de forma independente. Quero também implementar um laboratório aqui no DFA mais dedicado à Física Médica, com a aquisição de equipamentos próprios como de raio-X, para efeitos pedagógicos.

Pedro Teles tem-se dedicado à divulgação da Física Médica na FCUP. Foto: SICC.FCUP

O que gosta mais na nossa faculdade?

Gosto de tudo. Sinto-me muito bem aqui e, ter podido reencontrar antigos professores que agora são meus colegas, é muito gratificante para mim. Temos um corpo docente muito bom e muito humano e dado à confraternização. Sinto-me em casa.

O que o inspira no seu dia-a-dia?

Mostrar as inúmeras oportunidades da Física Médica, que é uma área em franco crescimento. É mostrar como é possível aplicar os conceitos físicos para, na prática, ajudar as pessoas!

Quero promover visitas ao Instituto Português de Oncologia e ao ciclotrão que existe no Porto num instituto privado. Um ciclotrão serve para produzir radiofármacos que são depois utilizados na medicina nuclear para fazer diagnóstico ou terapia e muito poucas sabem da sua existência no Porto.

Uma mensagem para a comunidade FCUP

Venham conhecer a Física Médica. Estou disponível para falar com quem quiser saber mais sobre esta área.

Um hobbie

Gosto muito de ler livros de História. Se calhar, numa outra vida, teria ido para História. Gosto muito de romances históricos e de livros baseados em factos reais e também gosto de jogar xadrez.