Perante um futuro que se quer cada vez mais verde, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a apostar numa série de medidas para promover a sustentabilidade ambiental e energética dos seus espaços físicos. Uma delas acaba de ser aprovada e tem início já este verão. 

Trata-se de um financiamento de 970 mil euros, atribuído pelo Fundo Ambiental ao abrigo do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência para a Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central. O destino destas verbas é o edifício FC6, no qual se pretende a melhoria do desempenho energético e das condições de salubridade e habitabilidade.

“Esta intervenção começou a ser planeada ainda em 2019, ano do início do primeiro mandato desta Direção da FCUP, sendo desde logo clara a aposta na sustentabilidade dos edifícios”, contextualiza Lucinda Lima, vogal do Conselho Executivo da FCUP com o pelouro das Infraestruturas, Manutenção e Sustentabilidade.

A prioridade dada ao FC6 deveu-se, sobretudo, à necessidade de remover a cobertura de fibrocimento, que, apesar das chapas estarem bem isoladas do seu interior, comporta riscos ambientais. Para além disso, destaca ainda a docente da FCUP, neste edifício há zonas de “grande desconforto térmico” e, consequentemente, a necessidade de recorrer a vários equipamentos de climatização.

Em 2022, já com a certificação energética e o projeto de arquitetura em fase adiantada de elaboração, foi possível a candidatura ao financiamento do PRR, que felizmente foi bem-sucedida”, refere Lima.

Assim, para além da substituição da cobertura de fibrocimento por uma cobertura plana com isolamento, a intervenção contemplará ainda a instalação de painéis fotovoltaicos e de lâmpadas LED. Para diminuir o desconforto térmico, serão aplicadas também medidas como o sombreamento de vãos envidraçados, através da cobertura vegetal e a instalação de estores exteriores.

O efeito combinado destas ações resultará numa redução estimada de 61,89% de consumo de energia primária e redução de 70,0% nas emissões de gases com efeito de estufa. A redução do consumo de energia, em toneladas equivalentes de petróleo, é de 98,2 tep. A certificação energética do edifício passará da atual Classe D para a classe A+, após conclusão da intervenção, prevista para 2024. 

Esta ação faz parte dos objetivos do novo mandato da Diretora da FCUP, recentemente reeleita, e dá continuidade ao trabalho que começou a ser desenvolvido desde 2019, em linha com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Agenda 2030 e Pacto Ecológico Europeu.