José Figueiredo e Margarida Albuquerque, estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), integraram a equipa vencedora do hackathonASAP Challenge – Accelerate Science and Access for Patients in Oncology”.

Intitulado “Inovação e Oncologia, qual o futuro?”, o projeto vencedor foi desenvolvido com o objetivo de agilizar o processo de decisão de financiamento de tecnologias de saúde, nomeadamente na área da Oncologia – um processo que atualmente demora em média 753 dias –, aumentando assim o acesso a novas terapias oncológicas.

Reconhecido como a solução mais inovadora por parte do júri do concurso, o projeto destacou-se “pela combinação de diferentes abordagens que pretendem acelerar e tornar o acesso à inovação mais equitativo”.

Novas abordagens para uma maior qualidade de vida

Numa primeira fase, a proposta resultante desta maratona criativa sugere a centralização da avaliação técnica na Agência Europeia do Medicamento (EMA) para medicamentos oncológicos inovadores, destinados ao cancro com elevada incidência e elevada taxa de mortalidade.

Posteriormente, é também sugerida a criação de um novo Programa de Acesso Antecipado à Inovação (PAAI) para um acesso mais célere dos doentes, e de um Fundo de Inovação Terapêutica (FIT) que acompanhe a introdução dessas novas terapias oncológicas em contexto hospitalar.

A equipa vencedora, constituída ainda por universitários de instituições de ensino superior de Coimbra, Lisboa e do Minho, propôs “combinar estratégias que pretendam aumentar o acesso às novas terapias oncológicas de forma equitativa nos hospitais, sem necessidade de decisão prévia por parte do INFARMED”.

Desta forma, o projeto que juntou estudantes das áreas da Medicina, Farmácia, Direito, Engenharia e Economia/Gestão prevê que se consiga “aumentar o número de anos com qualidade de vida para o doente e diminuir a incapacidade por doença pela possibilidade de tratamento nas fases iniciais, traduzindo-se em ganhos socioeconómicos”.

Neste hackathon, promovido pela MSD Portugal, o júri atribuiu ainda um segundo lugar ao projeto “Contagem Regressiva”, que defende a disponibilização das terapias inovadoras em centros de referência, após a aprovação da EMA, bem como a criação de uma plataforma nacional de monitorização dos resultados e complicações dos doentes decorrentes da terapêutica instituída.