Filipa Martins, estudante do Mestrado em Treino Desportivo – Treino de Alto Rendimento e Treino de Jovens da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e ginasta olímpica, conquistou este domingo a medalha de bronze na final de trave da Taça do Mundo de ginástica artística, competição que decorreu entre 23 e 26 de fevereiro em Cottbus, Alemanha.

Numa prova que marcou o regresso da ginasta nortenha à competição, após lesão, a melhor ginasta portuguesa de sempre começou por garantir a presença na final da prova de trave após ter somado 13000 pontos na qualificação. Um resultado que viria a melhorar na fase decisiva ao obter um total de 13,133 pontos, que lhe permitiram concluir a prova no terceiro lugar.

As japonesas Mana Okamura e Urrara Ashikawa, ouro e prata, respetivamente, preencheram os restantes lugares do pódio.

Esta foi a sexta vez que Filipa Martins subiu ao pódio numa Taça do Mundo. Em 2015, conquistou uma medalha de prata e duas de bronze . Quatro anos mais tarde, em 2019, subiu ao lugar mais alto do pódio para receber a medalha de ouro, que juntou ao bronze entretanto conquistado durante a mesma competição.

Filipa Martins: vitórias para a história

Licenciada em Ciências do Desporto e a frequentar atualmente o primeiro ano do Mestrado em Treino Desportivo – Treino de Alto Rendimento e Treino de Jovens, Filipa Martins, 27 anos, junta assim novo capítulo de ouro a um currículo que regista alguns dos mais brilhantes resultados da ginástica nacional.

Entre eles inclui-se a conquista de várias medalhas na Taça do Mundo de ginástica artística, uma medalha de bronze nas Universíadas 2015 (Coreia do Sul), duas participações olímpicas e várias participações de relevo em campeonatos europeus.

Em 2015, a atleta natural da Maia terminou o ano na liderança do ranking mundial de paralelas assimétricas da Federação Internacional de Ginástica (FIG) . Um feito que lhe valeu a atribuição do prémio de Atleta do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal (CDP).

Em 2016, Filipa Martins alcançou a melhor participação olímpica de sempre de uma ginasta portuguesa ao concluir o concurso ‘all-around dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Filipa Martins durante os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. (Foto: DR)

Já em 2021, e poucos meses antes da sua segunda participação olímpica (foi 43.ª classificada no concurso “all around” dos Jogos Olímpicos de Tóquio), Filipa Martins apresentou um novo elemento técnico na prova de paralelas assimétricas nos Europeus de ginástica artística, elemento esse que viria a ser incluído no código de pontuação internacional e batizado com o seu nome.

Nesse mesmo ano, registou o melhor resultado de sempre para a ginástica artística feminina portuguesa ao conquistar o sétimo lugar – e o respetivo diploma –  do concurso All-Around dos Mundiais de ginástica artística, disputados na cidade de Kitakyushu, no Japão.

A ginasta Filipa Martins conquistou a medalha de bronze nas finais da competição de barras paralelas assimétricas dos Jogos do Mediterrâneo 2022, que decorrem em Oran, na Argélia.

O percurso de sucesso de Filipa Martins escreve-se também com as cores da U.Porto. Em 2018, representou pela primeira vez as cores da Universidade em provas universitárias. E não fez por menos. Com duas medalhas de ouro nas provas de Paralelas Assimétricas e Trave, foi uma das figuras da equipa da Universidade que se sagrou campeã nacional universitária nesse ano.