Ano novo, velhos hábitos… A Universidade do Porto, representada pelo estudante Gil Maia, foi a primeira a cortar a meta Campeonato Nacional Universitário de Duatlo, disputado no passado sábado em Rio Maior.

Único representante da U.Porto nesta prova, Gil Maia acabou por ser o mais forte entre os 28 atletas participantes, em representação de 13 instituições de ensino superior de todo o país. Esta foi, de resto, uma vitória especial para o estudante de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia (FFUP), que melhora assim o segundo lugar alcançado em 2019.

O estudante faz um balanço positivo desta que foi a sua primeira competição da época de Duatlo. “Após vários meses de pré-época é sempre uma incógnita como serão as primeiras sensações em competição, mas felizmente o trabalho desenvolvido até este dia foi eficaz, e fiquei muito satisfeito quer com o resultado, quer com o próprio rendimento desportivo”, conta Gil Maia, quem, para se preparar para este tipo de provas, corre entre 70 a 90 quilómetros e pedala entre 150 a 300 quilometros por semana.

O estudante de Farmácia (e atleta do Estoril Praia) foi o primeiro a cortar a meta em Rio Maior. (Foto: DR)

Um percurso dourado

Com o título alcançado, Gil Maia junta também mais uma conquista a um currículo recheado de êxitos no desporto universitário, divididos entre o Triatlo e o Duatlo. Depois de ter subido por várias vezes ao pódio do CNU de Trialo (ouro em 2014, 2018 e 2019, prata em 2013 e bronze em 2015), o atual atleta do Estoril Praia estreou-se no CNU de Duatlo em 2016 com a conquista de uma medalha de bronze. Seguiu-se então a medalha de prata em 2019, ano em que esteve entre os nomeados para Atleta do Ano da Gala de Desporto da Porto.

“Poder competir por esta instituição permite-me perceber que existe um certo compromisso entre a U.Porto e os seus estudantes/atletas”, destaca o estudante, reconhecendo que “representar a Universidade do Porto no desporto tem sido uma grande mais valia na árdua tentativa de conciliar a vida académica com a vida desportiva”.

Na verdade, conta Gil Maia, conciliar o curso com a prática desportiva “é das tarefas mais complicadas que já tive na vida. Não só pela exigência da própria modalidade que pratico, mas também da do curso  que frequento”. Com uma média semanal de 20 a 25 horas de treinos e com um horário completo de aulas e estudo, o atleta explica que os apoios são poucos “e o sucesso em ambas deve-se praticamente ao esforço solitário não só de mim, mas de muitos outros colegas estudantes/atletas que passam pela mesma situação”. Ainda assim, remata, “há que reconhecer o esforço por parte do CDUP-up na tentativa de facultar algumas condições mínimas a estes atletas, na tentativa de tornarem menos impossível esta associação desportiva/académica”.

A U.Porto volta a entrar em ação no desporto universitário já no próximo dia 9 de fevereiro, com uma deslocação a Braga, para disputar o CNU de Atletismo em Pista Coberta. A 13 de fevereiro, acolhe o CNU de Squash como entidade organizadora. Segue-se o o CNU de Corta-Mato, agendado para o dia 15 de fevereiro, na Figueira da Foz.